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Preços da indústria caem 0,30% em julho, marcando sexta queda consecutiva

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Foto: Joédson Alves/Agência Brasil

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta sexta-feira (5) que os preços da indústria nacional caíram 0,30% em julho, na comparação com junho (-1,27%). Essa é a sexta retração consecutiva, depois de 12 altas mensais seguidas entre fevereiro de 2024 e janeiro de 2025. Como resultado, o Índice de Preços ao Produtor (IPP) registrou alta de 1,36% em 12 meses, enquanto o acumulado do ano ficou em -3,42%. Em julho de 2024, a variação mensal havia sido de 1,53%.

Em julho de 2025, metade das 24 atividades industriais pesquisadas apresentou queda de preços, refletindo a retração do índice geral. Entre as atividades que mais influenciaram o resultado estão:

  • Alimentos (-0,33 ponto percentual);
  • Metalurgia (-0,11 p.p.);
  • Indústrias extrativas (0,10 p.p.);
  • Fabricação de máquinas e equipamentos (0,06 p.p.).

Alimentos permanecem negativos

O setor de alimentos registrou queda de 1,33% em julho, marcando a sexta retração do ano, embora menos intensa que a de junho (-3,42%). Consequentemente, o acumulado no ano atingiu -7,17%, a maior retração para um mês de julho desde 2010. Além disso, em relação a julho de 2024, os preços subiram 3,50%, o menor crescimento desde maio de 2024 (-1,41%). O setor também liderou o ranking de influências na variação mensal (-0,33 p.p.), no acumulado do ano (-1,85 p.p.) e em 12 meses (0,85 p.p.).

Segundo Murilo Alvim, gerente do IPP, a retração reflete principalmente a queda nos preços do açúcar e do café, impulsionada pelo aumento da oferta internacional e pelo início da colheita de novas safras no país. Ele acrescenta que, por serem produtos exportáveis, as variações também são influenciadas pelo dólar.

“As quedas verificadas nos sucos de laranja e nos derivados da soja também contribuíram”, explica.

Indústrias extrativas apresentam crescimento

As indústrias extrativas aceleraram o crescimento em julho, com alta de 2,42% na comparação mensal, a maior entre todos os setores industriais pesquisados. No entanto, os indicadores acumulados no ano (-12,82%) e em 12 meses (-9,85%) permaneceram negativos. O setor também se destacou em termos de influência, figurando como a terceira maior no acumulado do ano (-0,62 p.p. em -3,42%) e a segunda maior nos últimos 12 meses (-0,48 p.p. em 1,36%).

Segundo Murilo, a alta foi impulsionada principalmente pelos preços do minério de ferro, que seguiram a cotação no mercado internacional.

“O setor extrativo contrariou a tendência da indústria, registrando alta de 2,42% no mês e exercendo a principal influência positiva no resultado geral do IPP, amenizando a queda do índice”, explica.

Lula assina MP que libera R$ 12 bilhões em crédito para produtores rurais

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Agro, agronegócio, agricultura, agropecuária, produtores rurais
Foto: Arquivo/Agência Brasi

O presidente Lula (PT) assinou, na manhã desta sexta-feira (5), a Medida Provisória que libera R$ 12 bilhões em crédito para produtores rurais prejudicados por eventos climáticos extremos. Os empréstimos serão concedidos aqueles agricultores que tiveram, no mínimo, duas perdas de safras nos últimos cinco anos e que estejam localizados em municípios que decretaram calamidade pública duas vezes nesse mesmo período.

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Linha de crédito

Cada categoria de produção terá um limite de crédito e juros a serem pagos anualmente, sendo que o prazo máximo é de até 9 anos, além de um ano de carência. Assim, pequenos produtores terão acesso a até R$ 250 mil, com taxas de 6% ao ano. Já o médio produtor pode acessar até R$ 1,5 milhões com taxa de até 8% anual. Os demais produtores terão até R$ 3 milhões em crédito, com taxas de até 10% ao ano.

A expectativa, segundo o governo, é que a medida beneficie cerca de 100 mil produtores que precisam quitar dívidas antigas para garantir novos financiamentos.

“Também criamos estímulos para que os bancos renegociem dívidas com recursos próprios. Com essa medida, o produtor recupera crédito e volta a plantar com segurança. O consumidor ganha mais oferta de alimentos e preços mais estável. E o Brasil fortalece a agricultura, preserva empregos na cadeia produtiva do campo e aumenta a resiliência do país diante dos eventos climáticos”, afirmou o presidente em publicação nas redes sociais.

Matriz elétrica do Brasil cresce 310 MW em agosto, totalizando 4.472,5 MW no ano

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Rio de Janeiro - Consumo de energia elétrica, lâmpada e interruptor de luz. eletricidade
Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

A matriz elétrica brasileira ganhou um reforço de 310 megawatts (MW) em agosto, elevando para 4.472,50 MW a potência adicionada ao sistema nos oito primeiros meses de 2025. Os dados, divulgados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), mostram que nove usinas entraram em operação no período: cinco eólicas (216 MW), duas pequenas centrais hidrelétricas (52 MW), uma termelétrica (40 MW) e uma central geradora hidrelétrica (2 MW).

Diversidade da geração

No acumulado de janeiro a agosto, 71 novas usinas começaram a operar comercialmente. O grupo é formado por 10 termelétricas (2.419,42 MW), 32 eólicas (1.114,90 MW), 18 solares fotovoltaicas (783,63 MW), oito pequenas centrais hidrelétricas (147,85 MW) e três centrais geradoras hidrelétricas (6,70 MW).

Treze estados das cinco regiões brasileiras receberam novos empreendimentos no setor de geração em 2025. O Rio de Janeiro lidera a expansão, com 1.672,60 MW, seguido por Bahia (903,70 MW) e Minas Gerais (553,25 MW). Em agosto, a Bahia se destacou com o maior crescimento mensal (216 MW), enquanto Goiás registrou 40 MW adicionais com o início da operação da termelétrica a biomassa Asolo 2.

Fonter renováveis predominam

Segundo dados do Sistema de Informações de Geração da ANEEL (SIGA), em 1º de agosto o Brasil alcançou 212.965,5 MW de potência fiscalizada. Desse total, 84,48% correspondem a fontes renováveis.

Para acompanhar em detalhes a expansão da matriz elétrica, a ANEEL disponibiliza o painel RALIE, que reúne informações sobre novas usinas em implantação e já em operação. A ferramenta, atualizada mensalmente com base em inspeções de campo e nos dados do Relatório de Acompanhamento de Empreendimentos de Geração de Energia Elétrica (Rapeel), permite consultas por ano, região, tipo de fonte e outros filtros.

Motta anuncia presidência e relatoria das MPs “Brasil Soberano” e “Gás do Povo”

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Discussão e Votação de Propostas Legislativas. Presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (REPUBLICANOS - PB). Foto: Kayo Magalhães/Câmara dos Deputados.
Foto: Kayo Magalhães/Câmara dos Deputados.

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), anunciou quem ocupará a presidência da na comissão mista que vai analisar a MP Brasil Soberano (MP 1.310/25). Em publicação nesta sexta-feira (5), ele confirmou o deputado Cezinha de Madureira (PSD-SP) como presidente, enquanto a relatoria estará a cargo do Senado Federal.

Ainda na mesma postagem, o presidente anunciou o nome do deputado Hugo Leal (PSD-RJ) para a relatoria da MP Gás do Povo (MP 1.313/25), publicada nesta quinta-feira (4). A presidência da comissão mista será definida pelo Senado.

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Brasil Soberano

Em agosto, o governo federal lançou a MP Brasil Soberano para apoiar empresas brasileiras afetadas pelas tarifas de 50% impostas pelos Estados Unidos. A medida contém R$ 30 bilhões em crédito extraordinário para empresas exportadoras, mas também apresentas outras maneiras de auxílio. Uma delas prevê a compra governamental de produtos perecíveis que seriam destinados aos norte-americanos, como carnes e frutas. Além disso, as empresas mais afetadas poderão adiar o pagamento de impostos deste mês e do próximo.

Gás do Povo

Lançada nesta quinta-feira (4), a medida busca garantir que famílias de baixa renda acessem gás de cozinha. O programa altera o nome do “Gás dos Brasileiros” e cria uma nova modalidade em que inscritos no CadÚnico poderão retirar gratuitamente um botijão de GLP (gás liquefeito de petróleo) diretamente de revendedores credenciados. A outra categoria, mais antiga, permanece. Nela, cerca de 50% do preço médio do botijão é repassado para famílias de baixa renda para que realizem a compra do produto.

O financiamento será integralmente público. Para 2025, a Lei Orçamentária Anual (LOA) já destina R$ 3,57 bilhões, e para 2026, a previsão é de R$ 5,1 bilhões, assegurando a continuidade do atendimento.

Tramitação

Após a publicação da Medida Provisória no Diário Oficial da União (DOU), a matéria segue para a Comissão Mista, composta por 12 senadores e 12 deputados. Após a aprovação na comissão, o texto segue para apreciação do plenário da Câmara dos Deputados e, por fim, o do Senado. Em seguida, a MP é promulgada.

Análise: Tarcísio ganha terreno no espectro da direita

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Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Após a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), começou a realizar uma movimentação mais forte no cenário nacional. Em Barretos (SP), durante a Festa do Peão, fez importantes sinalizações à base social bolsonarista: agradeceu tudo o que o Bolsonaro “fez por ele” e declarou que o ex-presidente está sendo vítima de “uma grande injustiça”.

Na semana passada, durante evento empresarial do grupo Esfera Brasil, Tarcísio defendeu que um presidente deve fazer “40 anos em 4”. E disse que o Brasil escolherá entre “olhar para o passado” ou “avançar para o futuro”, mencionando pautas que agradam ao mercado, como a desindexação da economia e a redução do número de ministérios.

Além do mercado, Tarcísio de Freitas também colheu manifestações de apoio no mundo político. Na abertura do 67º Congresso Estadual dos Municípios de São Paulo, o ex-presidente Michel Temer (MDB) elogiou Tarcísio, afirmando para as autoridades presentes que elas deveriam seguir o exemplo do governador paulista. O secretário de Governo e Relações Institucionais de São Paulo e presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, disse que seu partido aguarda Tarcísio para pensar sobre os próximos passos rumo a 2026.

Embora seja o favorito em São Paulo caso dispute a reeleição no estado, o projeto nacional de Tarcísio, tendo o setor financeiro e o centro político como pilares – com o aval da boa posição nas pesquisas –, vem ganhando força. Com Jair Bolsonaro fora do jogo em 2026 e o desgaste de nomes ligados à família Bolsonaro, o establishment político e financeiro pode convergir em direção a Tarcísio.

Mesmo com as credenciais que acumula, Tarcísio de Freitas continua com desafios relevantes. Além de precisar ser o escolhido de Bolsonaro para disputar a Presidência, terá de construir um nome de consenso que unifique sua base no estado. Hoje, a alternativa mais competitiva é o prefeito da capital, Ricardo Nunes (MDB), que precisará renunciar ao cargo para concorrer a governador.

A construção do projeto nacional de Tarcísio passará por uma complexa engenharia política, já que sua ausência em São Paulo pode incentivar o Palácio do Planalto a viabilizar a candidatura do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) ou do ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), ao governo estadual. Some-se a isso a disposição da família Bolsonaro de suceder o ex-presidente, sobretudo quanto ao deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), o que poderá levar a tensões com Tarcísio.

Mesmo que Tarcísio tenha ganhado terreno no espectro da direita para 2026, a definição do(s) candidato(s) da oposição ao atual governo federal não deve ocorrer no curto prazo.

Agência fará leilão no dia 26 para suprimento de energia a áreas isoladas

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Foto: Divulgação/ESBR

A diretoria da Aneel aprovou a realização de leilão para a aquisição de energia para atender os mercados consumidores de 11 áreas dos Sistemas Isolados na Amazônia. A sessão do leilão, via internet, acorrerá no dia 26 deste mês.

O início do fornecimento dessa energia está marcado para 20 de dezembro de 2027, à exceção de Coari (PA), onde o suprimento terá o início apenas em 1º de dezembro de 2030. Para localidades de Anamã, Caapiranga e Codajás (todas no Pará), o início do suprimento pode ser imediato.

Segundo informações da Aneel, a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), vinculada ao Ministério de Minas e Energia, registrou o cadastramento de 241 projetos, o que corresponde a 80 soluções de suprimento, totalizando 1.870 MW.

As centrais termelétricas cadastradas equivalem a 39% da potência total cadastrada. As centrais híbridas (termelétricas + fotovoltaicas, com ou sem armazenamento) totalizam 61% da potência.

Os projetos apresentam as seguintes características:

  • Em torno de 55% das centrais geradoras híbridas (termelétrica e fotovoltaica) possuem sistemas de baterias;
  • Todas as 11 centrais termelétricas cadastradas utilizarão mistura de biodiesel acima do percentual obrigatório;
  • Um mesmo projeto pode participar de uma ou mais solução de suprimento.

O assunto permaneceu em consulta pública, quando recebeu 89 contribuições. Destas, 43% foram aproveitadas, total ou parcialmente, 29% não foram aproveitadas e 28% foram consideradas fora do propósito.

Linha para Roraima

Na semana passada, uma equipe da Aneel realizou uma operação de fiscalização em campo nas obras de implantação da linha de transmissão entre Manaus e Boa Vista, a cargo do consórcio Transnorte Energia S.A.

Segundo a agência reguladora, o objetivo foi verificar o estágio final de implantação da linha de transmissão de 500 mil volts (500 kV) e de três subestações: Lechuga, Equador e Boa Vista.

O início dos testes de energização da linha está previsto para segunda-feira que vem (8). Com isso, fica viabilizada a interligação de Roraima ao Sistema Interligado Nacional (SIN). O empreendimento compreende 724 quilômetros de linhas de transmissão, além das três subestações.

As obras encontram-se em fase final, informa a Aneel, acrescentando que estão com seus dias contados os 120 caminhões-tanque que circulam diariamente entre Manaus e Boa Vista, transportando gás e óleo diesel para abastecer a geração de energia elétrica em Roraima.

ANTT define regras para a comprovação de seguros obrigatórios no transporte de cargas

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Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) publicou, nesta terça-feira (2), a Portaria nº 27, de 7 de agosto de 2025, que define regras para comprovar a contratação dos seguros obrigatórios no transporte rodoviário de cargas, conforme a Lei 11.442/2007, alterada pela Lei 15.499/2023. Com isso, a agência fortalece a proteção de transportadores, empresas contratantes, caminhoneiros autônomos e da sociedade, oferecendo maior segurança e transparência ao setor.

Além disso, a medida reforça o compromisso da ANTT em garantir segurança jurídica e tranquilidade para toda a cadeia logística do país. Ao esclarecer as regras, a regulamentação reduz riscos e aumenta a confiança de quem transporta cargas e de quem depende do transporte rodoviário no Brasil.

Seguros obrigatórios

Todos os Transportadores Rodoviários Remunerados de Cargas (TRRC) precisarão comprovar a contratação de seguros obrigatórios. Os três seguros essenciais são:

  • Responsabilidade Civil do Transportador Rodoviário de Carga (RCTR-C) – Cobre danos às mercadorias durante o transporte;
  • Responsabilidade Civil por Desaparecimento de Carga (RC-DC) – Protege contra roubos e extravios;
  • Responsabilidade Civil de Veículo (RC-V) – Cobre acidentes envolvendo os veículos.

Comprovação

A comprovação dos seguros ocorrerá de duas formas. Primeiro, os transportadores deverão apresentar o frontispício ou certificado da apólice durante a fiscalização. Em seguida, o processo será feito automaticamente por meio de um sistema que integrará seguradoras e a ANTT. Esse intercâmbio digital deverá estar totalmente implementado até 10 de março de 2026, tornando o procedimento mais ágil e seguro.

Além disso, cada transportador poderá manter apenas uma apólice vigente de RCTR-C e de RC-DC, vinculada ao seu registro no RNTRC (Registro Nacional de Transportadores Rodoviários de Cargas). Quando houver subcontratação de Transportadores Autônomos de Cargas (TAC), o contratante do serviço assumirá a responsabilidade pela contratação dos seguros, garantindo que os caminhoneiros autônomos estejam devidamente protegidos durante as viagens.

O transportador que descumprir a norma terá seu RNTRC suspenso, ficando impedido de prestar serviços de transporte até regularizar a situação.

Projeto que proíbe “contas-bolsão” pode andar na Câmara após votação do IR

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Foto: Reprodução

O deputado Mauro Benevides (PDT-CE) apresentou um projeto que proíbe “contas-bolsão” de aplicações financeiras (PL 4321/2025), diante da megaoperação da Receita Federal que deflagrou o uso de fintechs para lavagem de dinheiro. Segundo ele, o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), pretende dar andamento ao projeto na Casa após a aprovação da isenção do Imposto de Renda (IR).

Contas-bolsão são aquelas criadas por fintechs em bancos credenciados no sistema financeiro. A partir dela, são movimentados valores e operadas outras subcontas, sem que seja possível rastreamento do recurso e identificação dos usuários. Assim, o projeto veda a existência dessas contas, devendo os recursos serem mantidos em contas individualizadas por cliente. O mesmo cabe para instituições de pagamento, sociedades de crédito direto e de empréstimo, administradores e gestoras de fundos de investimentos.

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Novas obrigações

Caberá aos fundos de investimentos identificar e manter registros do beneficiário final de todos os cotistas, inclusive quando se tratar de outro fundo ou pessoa jurídica. Estes poderão ser acessados por autoridades competentes. Além disso, deverão vedar a constituição de fundos fechados com um único cotista que não apresente demonstrações financeiras auditadas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

Valores em espécie

Os depósitos ou aportes em espécie realizados por clientes junto às instituições ficam limitados a R$ 5 mil por operação e a R$ 10 mil no conjunto das operações realizadas por cliente em cada mês-calendário.

Caso haja múltiplos depósitos do mesmo titular em menos de 24 horas, estes serão considerados indícios de fracionamento múltiplo. Depósitos estruturados de valores próximos e uso de múltiplas contas para depósitos relacionados também serão analisados. Valores superiores aos limites ou depósitos suspeitos serão comunicados ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF). Apenas o Banco Central do Brasil (BC) poderá alterar os valores e critérios.

Punições

As administradoras e gestoras de fundos respondem solidariamente pelos casos de omissão, falsidade ou fraude nas informações prestadas às autoridades. Ele pode sofrer penalidades administrativas, mas não serão responsabilizado penal e civilmente.

Concessão do túnel Santos-Guarujá é leiloada hoje (5) na B3

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O projeto do Governo de São Paulo para a construção de uma ligação seca entre as cidades de Santos e Guarujá prevê um túnel de 870 metros de extensão instalado embaixo do mar.
Foto: Governo de SP

O Governo de São Paulo realiza nesta sexta-feira (5), às 16h, na B3, a Bolsa de Valores do Brasil, o leilão para a concessão do Túnel Santos-Guarujá. A empresa ou consórcio vencedor será responsável pela construção, operação e manutenção da estrutura por um período de 30 anos. O projeto consiste na primeira implementação de um túnel imerso na América Latina e criará uma ligação seca permanente entre as duas cidades.

Leilão e investimento no projeto

O investimento total para a obra do túnel está estimado em R$ 6,8 bilhões. Deste montante, um aporte público de até R$ 5,1 bilhões será dividido igualmente entre o Governo do Estado e o governo federal, através do Ministério de Portos e Aeroportos. O critério para definir o vencedor do certame será o maior percentual de desconto oferecido sobre o valor da contraprestação pública anual máxima, que foi fixada em R$ 438,3 milhões.

Mobilidade na Baixada Santista

A estrutura visa modificar o cenário da mobilidade na região. Atualmente, a ligação entre Santos e Guarujá depende de balsas, com um tempo de travessia de aproximadamente 15 minutos, sujeito a atrasos por condições climáticas e pelo tráfego de navios no porto. A alternativa terrestre pode levar mais de uma hora. Com o túnel, a expectativa é que o deslocamento seja feito em até cinco minutos.

Diariamente, o sistema de balsas transporta mais de 21 mil veículos, além de milhares de ciclistas e pedestres. Moradores que realizam o trajeto com frequência veem o projeto com otimismo. “Tem dias que são mais demorados na balsa. Então, eu acredito que esse túnel realmente vai resolver o problema de muita gente”, relata a professora de educação física Giuliana Gonçalves.

O inspetor de qualidade Lucas Gomes do Nascimento, que também cruza o canal diariamente para trabalhar, já planeja o que fazer com o tempo que será economizado: “aproveitar para dormir mais ou fazer outras atividades que não consigo por falta de tempo”.

Estrutura e detalhes do projeto

O túnel Santos-Guarujá terá 1,5 quilômetro de extensão, dos quais 870 metros serão submersos, instalados sob o leito do canal do porto. A construção utilizará a técnica de módulos de concreto pré-moldados, um método de engenharia já estabelecido em projetos internacionais na Europa e na Ásia.

A obra foi concebida para ser multimodal, integrando diferentes meios de transporte. Contará com três faixas de rolamento por sentido, sendo uma delas de uso exclusivo para o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT). O projeto inclui também uma passagem separada para pedestres e ciclistas.

Segundo Denis Gerage Amorim, subsecretário de Logística e Transportes da Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística de São Paulo, o túnel representa um marco para a região. “Com ele, será possível atravessar o canal em poucos minutos, com infraestrutura que integra veículos, ciclistas e pedestres. Ao mesmo tempo, o sistema de travessias por balsa seguirá cumprindo um papel importante, ampliando as alternativas disponíveis para a população”, afirmou.

Balança comercial registra US$ 6,1 bi em agosto

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Foto: José Paulo Lacerda/CNI

O Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) divulgou nesta quinta-feira (4) o balanço da balança comercial de agosto. O Brasil registrou superávit de US$ 6,133 bilhões no mês. As exportações atingiram US$ 29,861 bilhões, enquanto as importações somaram US$ 23,728 bilhões. Com isso, a corrente de comércio fechou em US$ 53,589 bilhões.

No acumulado de 2025, as exportações totalizam US$ 227,583 bilhões e as importações chegam a US$ 184,771 bilhões. Assim, o país acumula saldo positivo de US$ 42,812 bilhões e corrente de comércio de US$ 412,354 bilhões.

Exportações e importações

Na comparação com agosto de 2024, as exportações avançaram 3,9%, ao passar de US$ 28,74 bilhões para US$ 29,861 bilhões. Esse crescimento ocorreu principalmente na agropecuária, que cresceu US$ 0,51 bilhão (8,3%), e na indústria extrativa, que aumentou US$ 0,74 bilhão (11,3%). Por outro lado, a indústria de transformação recuou US$ 0,14 bilhão (-0,9%).

Já as importações registraram queda de 2% em agosto, na comparação com o mesmo mês do ano passado, quando o volume havia alcançado US$ 24,22 bilhões. O desempenho da agropecuária foi praticamente estável, com variação de 0,4%. Em contrapartida, a indústria extrativa avançou US$ 0,37 bilhão (26,5%), enquanto a indústria de transformação recuou US$ 0,85 bilhão (-3,8%).

As maiores quedas ocorreram em relação à Bélgica (-43,8%), à Espanha (-31,3%), à Coreia do Sul (-30,44%) e a Singapura (-17,1%).

Estados Unidos

Em agosto, as exportações brasileiras para os Estados Unidos caíram 18,5%. O destaque negativo foi o minério de ferro, cuja venda despencou 100%, sem nenhum embarque destinado ao mercado norte-americano.

A maior retração ocorreu nas exportações de aeronaves e partes, que encolheram 84,9%. Na sequência, o açúcar registrou queda de 88,4%, enquanto motores e máquinas não elétricos recuaram 60,9%.

Outros produtos também apresentaram forte redução:

  • carne bovina fresca (-46,2%);
  • máquinas de energia elétrica (-45,6%);
  • madeira (-39,9%);
  • óleos combustíveis (-37%);
  • produtos semiacabados de ferro e aço (-23,4%);
  • celulose (-22,7%).