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Ministério da Integração lança atlas de PPPs sobre manejo de resíduos sólidos

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Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional lançou, há uma semana, o Atlas de Territórios Brasileiros para Parcerias Público-Privadas (PPPs) de Manejo de Resíduos Sólidos (aqui). O trabalho teve a participação da Secretaria Nacional de Fundos e Instrumentos Financeiros e o Instituto de Planejamento e Gestão de Cidades.

A publicação mapeia, de forma detalhada, os territórios brasileiros com maior potencial para a implantação de consórcios públicos e PPPs voltadas para a gestão integrada e sustentável de resíduos sólidos urbanos.

Com dados georreferenciados, indicadores socioeconômicos, infraestrutura disponível e análises de viabilidade técnica e econômica, o Atlas aponta oportunidades concretas para a estruturação de projetos de economia circular, o tratamento adequado de resíduos e a destinação ambientalmente correta, conforme a Política Nacional de Resíduos Sólidos.

O estudo identifica regiões estratégicas onde a cooperação intermunicipal pode reduzir custos, aumentar a eficiência operacional e atrair investimentos. E apresenta soluções como centrais de triagem e de reciclagem para aproveitar ao máximo o material componente dos resíduos e reduzir a emissão de gases de efeito estufa pelo Brasil.

Coleta de lixo

Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), divulgada na semana passada pelo IBGE, mostram que a coleta de lixo alcançou 86,9% dos domicílios do país em 2024, refletindo crescimento desde o início da pesquisa, em 2016. À época, essa cobertura era de 82,7%.

Mas a pesquisa mostra também que o número de propriedades que ainda queimam o próprio lixo é consideravelmente grande, chegando 4,7 milhões de domicílios — ou 6,1% do total.

Entre os domicílios em áreas urbanas, o levantamento revelou que, no ano passado, 93,9% tinham como principal destino do lixo a coleta feita diretamente por serviço de limpeza, enquanto apenas 0,4% das propriedades realizavam a queima de resíduos.

Nas áreas rurais, somente 33,1% das moradias tinham o serviço de coleta direta de resíduos, enquanto mais da metade dos lares (50,5%) ainda realizavam a queima.

São Paulo registra salto no número de startups e empresas de inovação

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Foto: Arquivo/Agência Brasil

O estado de São Paulo tem registrado um avanço expressivo no número de empresas de inovação e startups nos últimos anos. Levantamento realizado pela Fundação Seade, com base nos dados do Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) e da Receita Federal, mostra que esses negócios inovadores saltaram de apenas seis unidades em 2021 para 1.881 em 2025.

Esse crescimento está diretamente ligado ao Inova Simples, programa nacional que criou uma modalidade jurídica específica para startups e empresas de inovação. A iniciativa busca simplificar a formalização dessas companhias e oferecer um tratamento diferenciado, com o objetivo de estimular a criação, o desenvolvimento e a consolidação de negócios capazes de impulsionar avanços tecnológicos, além de gerar emprego e renda.

Setores e regiões com maior concentração

Entre as empresas já formalizadas até maio de 2025, destacam-se principalmente as ligadas a serviços administrativos (341), tecnologia da informação (307) e educação (250). A concentração desses empreendimentos é maior na Região Metropolitana de São Paulo, que abriga 69,2% do total (1.301 empresas). Em seguida aparecem as regiões administrativas de Campinas (144) e São José dos Campos (93).

Na análise por municípios, a capital paulista reúne sozinha 58,4% das empresas ativas na modalidade Inova Simples, totalizando 1.103 negócios. Logo depois, surgem São José dos Campos (55), Campinas (49) e Ribeirão Preto (38), consolidando-se como polos importantes no mapa da inovação do estado.

Cade exige que Gol e Azul detalhem acordo de codeshare em 30 dias e proíbe expansão de rotas conjuntas

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Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil/Arquivo

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) determinou que as companhias aéreas Gol e Azul entreguem, em até 30 dias após a notificação, cópia e detalhes do acordo de cooperação comercial (codeshare) anunciado em maio de 2024, que integra as malhas aéreas das duas companhias.

Enquanto analisa o acordo, o Cade proibiu as empresas de expandir as rotas conjuntas. Dessa forma, qualquer ampliação dependerá da decisão final sobre o mérito e os possíveis impactos da parceria. Caso a Gol e a Azul não apresentem os detalhes da parceria ao Cade dentro do prazo, terão de suspender o acordo. Ao mesmo tempo, deverão assegurar os direitos dos clientes que compraram passagens conjuntas.

Decisão

A decisão resulta de um Procedimento de Apuração de Ato de Concentração que o Cade instaurou para avaliar se os termos da parceria entre Gol e Azul precisam ser analisados e aprovados pelos conselheiros da autarquia, que conduzem processos sobre infrações à ordem econômica e atos de concentração.

O procedimento inicial não analisa o mérito da cooperação comercial nem seus efeitos; ele se concentra, portanto, em exigir que as empresas informem o Cade sobre a estratégia e as cláusulas contratuais. Além disso, o relator do caso, conselheiro Carlos Jacques, destacou que os contratos de codeshare não recebem isenção automática da análise concorrencial e, por isso, o Cade deve avaliá-los individualmente.

Em seu voto, Carlos Jacques retomou o histórico do Cade na análise de acordos de cooperação comercial semelhantes. Além disso, ele propôs critérios para definir quando o conselho deve intervir, incluindo casos que envolvam empresas aéreas nacionais, sobreposição de malhas, bilateralidade do acordo e efeitos comparáveis a operações de fusão, especialmente em relação a riscos de coordenação entre concorrentes.

Rotas exclusivas

A Gol informou que a parceria com a Azul começará pelas rotas domésticas exclusivas, ou seja, aquelas operadas por apenas uma das companhias. Além disso, a cooperação abrange os programas de fidelidade, permitindo que os clientes acumulem pontos ou milhas no programa de sua preferência ao comprar bilhetes em trechos incluídos no codeshare.

Análise: Lula ensaia narrativa eleitoral

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Foto: José Cruz/Agência Brasil

Na reunião ministerial da semana passada, o presidente Lula (PT) emitiu sinais de qual será a estratégia do governo para a sucessão presidencial de 2026. Conforme vem ocorrendo desde o tarifaço contra o Brasil imposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, no início de agosto, o mote do nacionalismo passou a nortear as ações de Lula.

Não por acaso, na reunião ministerial Lula e parte dos ministros portaram um boné azul com a frase “O Brasil é dos brasileiros”. Com o objetivo de defender a soberania nacional, o slogan “União e Reconstrução” foi substituído por “Governo do Brasil, do lado do povo brasileiro”.

Dentro desse mote nacionalista estão inseridas críticas ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e ao deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), seu filho. Lula também continuará posicionando-se a favor da regulamentação das big techs, tema que desagrada a Donald Trump e à direita brasileira.

Desde o impacto negativo do tarifaço de Trump e do desgaste de Jair e Eduardo Bolsonaro, Lula encontrou na defesa da soberania uma marca para seu terceiro governo. Como vem ocorrendo desde 2022, ele busca manter “aquecida” a polarização com o bolsonarismo.

Seguindo essa estratégia, Lula começa a projetar o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), como seu adversário. Como consequência, Tarcísio será alvo do Palácio do Planalto. Na última sexta-feira (29), por exemplo, Lula disse que Tarcísio “não é nada” sem Jair Bolsonaro e que o governador “fará o que o ex-presidente quiser”.

Ainda que a defesa da democracia continue fazendo parte da narrativa governista, a mudança do slogan, conduzida pelo ministro da Secretaria de Comunicação, Sidônio Palmeira, e a provável condenação do ex-presidente Bolsonaro na ação penal da trama golpista devem fazer com que a agenda democrática não tenha em 2026 o mesmo apelo que em 2022.

Embora Lula tenha se apropriado da narrativa nacionalista, tirando essa pauta do discurso bolsonarista, as dificuldades encontradas pelo governo brasileiro em negociar com os Estados Unidos poderão enfraquecer o apelo eleitoral dessa agenda até 2026.

Um indício disso pode ser observado no resultado das últimas pesquisas. Além de a desaprovação do governo continuar mais elevada que a aprovação, os pré-candidatos da oposição, mesmo sendo menos conhecidos do que Lula, demonstram competitividade nas simulações de segundo turno contra o presidente. Além disso, ao contrário de eleições anteriores, a força do lulismo hoje no Nordeste é menor.

PL dos Portos: Governo anuncia acordo com trabalhadores

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Porto de Paranaguá
Foto: Claudio Neves/Portos do Paraná

Representantes de federações de trabalhadores e de operadores portuários assinaram um memorando de entendimentos para formalizar propostas conjuntas sobre temas laborais. A articulação, mediada pelo Ministério de Portos e Aeroportos (MPor), visa subsidiar o debate do Projeto de Lei (PL) 733/2025, que tramita em comissão especial na Câmara dos Deputados e propõe um novo marco regulatório para o setor portuário.

O acordo consolida sugestões para o capítulo do projeto que trata das relações de trabalho, buscando apresentar ao Poder Executivo e ao Congresso Nacional uma visão unificada dos setores envolvidos.

O documento assinado pelas entidades estabelece diretrizes para a modernização das relações de trabalho, com o compromisso de defender o conteúdo de forma coordenada junto aos parlamentares e à sociedade. As propostas serão encaminhadas à comissão especial que analisa o PL.

Definições e certificação profissional

O memorando aborda pontos centrais para a atividade portuária, como a definição e classificação das atividades de trabalho no setor. Além disso, o texto propõe a criação de uma certificação nacional para todos os trabalhadores portuários, sejam eles avulsos ou com vínculo empregatício. Essa certificação teria validade de cinco anos e permitiria a atuação em todo o território nacional, ampliando o mercado de trabalho para esses profissionais.

As propostas conjuntas também definem critérios para a contratação de trabalhadores com vínculo empregatício e estabelecem novas regras para a negociação coletiva. O objetivo é criar um ambiente de maior segurança jurídica e equilíbrio nas relações entre capital e trabalho no ambiente portuário.

O que muda com o PL dos Portos para os trabalhadores?

O PL 733/2025, elaborado por uma comissão de juristas, propõe alterações na legislação vigente, a Lei dos Portos (Lei 12.815/13). Uma das questões centrais do debate é a alteração no modelo de contratação de trabalhadores avulsos, atualmente intermediada com exclusividade pelos Órgãos Gestores de Mão de Obra (Ogmos).

A proposta do PL retira a exclusividade dos Ogmos na oferta de mão de obra. No entanto, o texto assegura que os trabalhadores vinculados a esses órgãos terão prioridade na contratação. Apenas em caso de recusa por parte desses profissionais, os operadores portuários poderiam buscar trabalhadores fora do sistema Ogmo, evitando a paralisação das atividades. Críticos da medida apontam que a flexibilização pode representar um enfraquecimento dos órgãos de contratação.

A proposta de certificação única e nacional é vista como um avanço para a mobilidade dos profissionais. Atualmente, o trabalhador avulso está geralmente vinculado a um Ogmo específico e a um porto organizado. Com a mudança, um profissional certificado poderia atuar em diferentes portos do país.

Tramitação do novo marco regulatório

O PL 733/2025 está sob análise de uma comissão especial na Câmara dos Deputados. O colegiado tem realizado audiências públicas para debater o tema com todos os setores envolvidos. A expectativa é que a proposta seja votada até o final do ano.

Segundo juristas que participaram da elaboração do anteprojeto, a iniciativa busca solucionar gargalos logísticos, regulatórios e trabalhistas que afetam o setor. O texto final busca equilibrar a valorização do trabalho e a liberdade econômica.

Quais as outras propostas do PL 733/2025?

Além das questões trabalhistas, o projeto de lei propõe outras atualizações para o setor portuário. Uma das principais frentes é a simplificação de processos regulatórios, patrimoniais e ambientais, atendendo a uma demanda de arrendatários de terminais. A proposta prevê, por exemplo, que a licença ambiental emitida para o porto organizado possa ser suficiente para os terminais nele contidos, reduzindo a burocracia.

Outro ponto em discussão é a definição de “portos estratégicos”, que, segundo o texto, não poderiam ser privatizados. Os critérios para essa classificação, no entanto, ainda não foram estabelecidos na proposta, cabendo ao governo federal ou ao legislativo essa definição.

Países da América Latina manifestam preocupação com presença militar dos EUA no Caribe

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Navio anfíbio USS Iwo Jima navegando no mar do Caribe em 28 de agosto de 2025. EUA, Estados Unidos
Foto: Logan Goins/US Navy

A Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) publicou comunicado afirmando compromisso com a paz, soberania e solução pacífica de conflitos, e repudiando a presença militar dos Estados Unidos no Caribe, vista como ameaça à estabilidade regional. A nota cita o Tratado de Tlatelolco, que estabelece a América Latina e Caribe como zona livre de armas nucleares.

“Se recorda que a América Latina e o Caribe foram proclamados como Zona de Paz, compromisso adotado por todos os Estados membros e sustentado em princípios como: a abolição da ameaça ou o uso da força, a solução pacífica de controvérsias, a promoção do diálogo e o multilateralismo, o respeito irrestrito à soberania e à integridade territorial”, aponta o documento.

O comunicado vem logo após os Estados Unidos enviarem navios, submarinos e militares para a costa da Venezuela sob a alegação de “combater cartéis de drogas”.

Tensões recentes

O envio de navios militares gerou uma escalada de tensões com os governos da América Latina, em especial com a Venezuela, ao qual Donald Trump chamou de “narcoestado”. Em resposta, o governo venezuelano denunciou intervenção dos Estados Unidos na região.

Na quinta-feira (4), os Estados Unidos acusaram a Venezuela de sobrevoar as proximidades de um navio norte-americano, alegando que isso aconteceu em águas internacionais. “Este movimento altamente provocador foi concebido para interferir nas nossas operações anti-narcoterrorismo”, disse o Pentágono, em comunicado.

Em seguida, agências internacionais de notícias informaram que os Estados Unidos enviaram 10 caças F-35 para Porto Rico, ilha do Caribe que é território estadunidense, mas fica próxima à Venezuela.

Na terça-feira (2), Trump divulgou um vídeo com um suposto ataque norte-americano a um barco, nas palavras do presidente, “que transportava drogas, muita droga”. O ministro da Comunicação e Informação da Venezuela, Freddy Ñañez, denunciou que o vídeo seria feito por inteligência artificial, e que o secretário de Estados dos EUA, Marco Rubio, estaria levando desinformação a Trump.

Declarações de líderes

O presidente da Celac e da Colômbia, Gustavo Petro, reforçou o compromisso regional com a paz, e criticou a minoria que não endossou o comunicado. O documento foi assinado por 21 países, enquanto 9 se rejeitaram a fazê-lo.

O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, por sua vez, manteve discurso agressivo contra Maduro, afirmando que ele é um traficante de drogas e fugitivo da justiça norte-americana. Rubio descartou a avaliação do relatório em que a ONU descarta papel central da Venezuela no mercado global de drogas.

“Não me importa o que a ONU diga. A ONU não sabe do que está falando. Maduro estava escalado para um grande julgamento no Distrito Sul de Nova York. Não há dúvida sobre isso. Nicolás Maduro é um traficante de drogas condenado nos Estados Unidos e um fugitivo da justiça americana”, disse.

Países signatários

Assinaram o documento Brasil, México, Colômbia, Bolívia, Chile, Suriname, Uruguai, Venezuela, além de Honduras, Guatemala, Belize, Nicarágua, República Dominicana, Cuba, Barbados, Antígua e Barbuda, Granada, São Cristóvão e Neves, Santa Lúcia, São Vicente e Granadinas, e Dominica.

Argentina, Equador, Peru, Paraguai, Costa Rica, El Salvador, Guiana, Jamaica, e Trinidad e Tobago se recusaram a assinar a carta.

A Celac destacou a necessidade de combater o crime organizado e narcotráfico via cooperação internacional, respeitando o direito internacional.

Banco Central anuncia medidas para reforçar segurança do sistema financeiro

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Foto: Reprodução

O Banco Central (BC) anunciou, nesta quinta-feira (5), um conjunto de medidas para fortalecer a segurança do Sistema Financeiro Nacional. Segundo a instituição, as ações são uma resposta ao envolvimento do crime organizado “nos recentes eventos de ataques a instituições financeiras e de pagamentos”. As novas regras, que entram em vigor imediatamente, impactam principalmente instituições de pagamento não autorizadas e os Prestadores de Serviços de Tecnologia da Informação (PSTI).

Limitação do PIX

A medida mais imediata impõe um limite de R$ 15 mil para transações TED e Pix realizadas por instituições de pagamento não autorizadas e por aquelas que se conectam ao sistema via PSTI. A restrição será removida assim que a instituição e seu PSTI cumprirem os novos processos de controle de segurança definidos pelo BC. Como medida transitória, participantes que já atestarem a adoção de controles robustos de segurança poderão solicitar a dispensa desta limitação por um período de até 90 dias.

Autorização para funcionamento

O BC também endureceu as regras para o início de operações. Fica expressamente proibido que qualquer instituição de pagamento comece a operar sem a prévia autorização do Banco Central. Além disso, o prazo para que as instituições já em funcionamento, mas não autorizadas, regularizem sua situação foi antecipado de dezembro de 2029 para maio de 2026.

Novas regras para PSTI

Foram introduzidos controles adicionais específicos para o Pix. Agora, apenas instituições financeiras dos segmentos S1, S2, S3 ou S4 (excluindo-se cooperativas) poderão atuar como responsáveis pelo Pix das instituições de pagamento não autorizadas. Os contratos vigentes terão um prazo de 180 dias para serem adequados a esta nova exigência.

O BC poderá ainda requisitar certificação técnica ou uma avaliação independente que ateste o cumprimento dos requisitos por parte das instituições. Aquelas que já operam e tiverem seu pedido de autorização indeferido serão obrigadas a encerrar suas atividades em um prazo máximo de 30 dias.

O pacote também altera os requisitos de governança e gestão de riscos para PSTI. Eles foram ampliados e agora será exigido um capital mínimo de R$ 15 milhões para atuação no segmento. O descumprimento das novas normas poderá resultar na aplicação de medidas cautelares ou até no descredenciamento do prestador. Os PSTI já em atividade têm um prazo de quatro meses para se adequarem integralmente às novas determinações.

Preços da indústria caem 0,30% em julho, marcando sexta queda consecutiva

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Foto: Joédson Alves/Agência Brasil

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta sexta-feira (5) que os preços da indústria nacional caíram 0,30% em julho, na comparação com junho (-1,27%). Essa é a sexta retração consecutiva, depois de 12 altas mensais seguidas entre fevereiro de 2024 e janeiro de 2025. Como resultado, o Índice de Preços ao Produtor (IPP) registrou alta de 1,36% em 12 meses, enquanto o acumulado do ano ficou em -3,42%. Em julho de 2024, a variação mensal havia sido de 1,53%.

Em julho de 2025, metade das 24 atividades industriais pesquisadas apresentou queda de preços, refletindo a retração do índice geral. Entre as atividades que mais influenciaram o resultado estão:

  • Alimentos (-0,33 ponto percentual);
  • Metalurgia (-0,11 p.p.);
  • Indústrias extrativas (0,10 p.p.);
  • Fabricação de máquinas e equipamentos (0,06 p.p.).

Alimentos permanecem negativos

O setor de alimentos registrou queda de 1,33% em julho, marcando a sexta retração do ano, embora menos intensa que a de junho (-3,42%). Consequentemente, o acumulado no ano atingiu -7,17%, a maior retração para um mês de julho desde 2010. Além disso, em relação a julho de 2024, os preços subiram 3,50%, o menor crescimento desde maio de 2024 (-1,41%). O setor também liderou o ranking de influências na variação mensal (-0,33 p.p.), no acumulado do ano (-1,85 p.p.) e em 12 meses (0,85 p.p.).

Segundo Murilo Alvim, gerente do IPP, a retração reflete principalmente a queda nos preços do açúcar e do café, impulsionada pelo aumento da oferta internacional e pelo início da colheita de novas safras no país. Ele acrescenta que, por serem produtos exportáveis, as variações também são influenciadas pelo dólar.

“As quedas verificadas nos sucos de laranja e nos derivados da soja também contribuíram”, explica.

Indústrias extrativas apresentam crescimento

As indústrias extrativas aceleraram o crescimento em julho, com alta de 2,42% na comparação mensal, a maior entre todos os setores industriais pesquisados. No entanto, os indicadores acumulados no ano (-12,82%) e em 12 meses (-9,85%) permaneceram negativos. O setor também se destacou em termos de influência, figurando como a terceira maior no acumulado do ano (-0,62 p.p. em -3,42%) e a segunda maior nos últimos 12 meses (-0,48 p.p. em 1,36%).

Segundo Murilo, a alta foi impulsionada principalmente pelos preços do minério de ferro, que seguiram a cotação no mercado internacional.

“O setor extrativo contrariou a tendência da indústria, registrando alta de 2,42% no mês e exercendo a principal influência positiva no resultado geral do IPP, amenizando a queda do índice”, explica.

Lula assina MP que libera R$ 12 bilhões em crédito para produtores rurais

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Foto: Arquivo/Agência Brasi

O presidente Lula (PT) assinou, na manhã desta sexta-feira (5), a Medida Provisória que libera R$ 12 bilhões em crédito para produtores rurais prejudicados por eventos climáticos extremos. Os empréstimos serão concedidos aqueles agricultores que tiveram, no mínimo, duas perdas de safras nos últimos cinco anos e que estejam localizados em municípios que decretaram calamidade pública duas vezes nesse mesmo período.

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Linha de crédito

Cada categoria de produção terá um limite de crédito e juros a serem pagos anualmente, sendo que o prazo máximo é de até 9 anos, além de um ano de carência. Assim, pequenos produtores terão acesso a até R$ 250 mil, com taxas de 6% ao ano. Já o médio produtor pode acessar até R$ 1,5 milhões com taxa de até 8% anual. Os demais produtores terão até R$ 3 milhões em crédito, com taxas de até 10% ao ano.

A expectativa, segundo o governo, é que a medida beneficie cerca de 100 mil produtores que precisam quitar dívidas antigas para garantir novos financiamentos.

“Também criamos estímulos para que os bancos renegociem dívidas com recursos próprios. Com essa medida, o produtor recupera crédito e volta a plantar com segurança. O consumidor ganha mais oferta de alimentos e preços mais estável. E o Brasil fortalece a agricultura, preserva empregos na cadeia produtiva do campo e aumenta a resiliência do país diante dos eventos climáticos”, afirmou o presidente em publicação nas redes sociais.

Matriz elétrica do Brasil cresce 310 MW em agosto, totalizando 4.472,5 MW no ano

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Rio de Janeiro - Consumo de energia elétrica, lâmpada e interruptor de luz. eletricidade
Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

A matriz elétrica brasileira ganhou um reforço de 310 megawatts (MW) em agosto, elevando para 4.472,50 MW a potência adicionada ao sistema nos oito primeiros meses de 2025. Os dados, divulgados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), mostram que nove usinas entraram em operação no período: cinco eólicas (216 MW), duas pequenas centrais hidrelétricas (52 MW), uma termelétrica (40 MW) e uma central geradora hidrelétrica (2 MW).

Diversidade da geração

No acumulado de janeiro a agosto, 71 novas usinas começaram a operar comercialmente. O grupo é formado por 10 termelétricas (2.419,42 MW), 32 eólicas (1.114,90 MW), 18 solares fotovoltaicas (783,63 MW), oito pequenas centrais hidrelétricas (147,85 MW) e três centrais geradoras hidrelétricas (6,70 MW).

Treze estados das cinco regiões brasileiras receberam novos empreendimentos no setor de geração em 2025. O Rio de Janeiro lidera a expansão, com 1.672,60 MW, seguido por Bahia (903,70 MW) e Minas Gerais (553,25 MW). Em agosto, a Bahia se destacou com o maior crescimento mensal (216 MW), enquanto Goiás registrou 40 MW adicionais com o início da operação da termelétrica a biomassa Asolo 2.

Fonter renováveis predominam

Segundo dados do Sistema de Informações de Geração da ANEEL (SIGA), em 1º de agosto o Brasil alcançou 212.965,5 MW de potência fiscalizada. Desse total, 84,48% correspondem a fontes renováveis.

Para acompanhar em detalhes a expansão da matriz elétrica, a ANEEL disponibiliza o painel RALIE, que reúne informações sobre novas usinas em implantação e já em operação. A ferramenta, atualizada mensalmente com base em inspeções de campo e nos dados do Relatório de Acompanhamento de Empreendimentos de Geração de Energia Elétrica (Rapeel), permite consultas por ano, região, tipo de fonte e outros filtros.