O ministro do Supremo Tribunal Federal, Luís Roberto Barroso, anunciou, nesta quinta-feira (9), que deixará a Corte. O momento escolhido, no entanto, não é positivo para o presidente Lula (PT), que enfrenta uma relação desgastada com o Senado Federal, que sabatina e aprova a indicação de ministro.
O cenário conta, por exemplo, um número expressivo de senadores que se movimentam pelo impeachment do ministro Alexandre de Moraes e podem, também, se opor ao nome apontado por Lula. Além disso, ao colocar as eleições de 2026 em perspectiva, é possível que senadores da oposição se movimentam contra um nome que possa favorecer Lula caso ele seja reeleito ou que defenda os ideias do petista em um novo governo.
Assim, para garantir a aprovação e agilidade no processo de sabatina, o governo teria que negociar com o Senado a indicação. Atualmente, cinco nomes são os principais cotados: O ex-presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), teria o apoio do atual presidente da Casa, Davi Alcolumbre (União-AP), e de um dos ministros da Corte, Gilmar Mendes; o atual Advogado-geral da União, Jorge Messias, seria uma escolha mais próxima do PT; um forte concorrente apoiado pelo setor empresarial seria o atual ministro do TCU, Bruno Dantas; há também os nomes de Wellington César Lima, advogado-geral da Petrobras, Maria Elizabeth Rocha, atual presidente do STM, e Vinicius Marques de Carvalho, ministro da CGU.