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Tarifaço tem impacto praticamente nulo na Zona Franca, diz governo do Amazonas

Exportações para os EUA representam apenas 0,15% do faturamento do PIM

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O governo do Amazonas, disse em nota divulgada à Arko Advice, que o tarifaço tem baixo potencial de impacto na Zona Franca de Manaus (ZFM). “É o que afirmam técnicos do Governo do Amazonas, tendo em vista que as exportações do PIM (Polo Industrial de Manaus) para o mercado norte-americano não representam fatia expressiva do faturamento total do setor industrial”, relatou a nota.

O secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação, Serafim Corrêa, afirmou que os efeitos da taxação anunciada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, são mínimos ao PIM. “Claro que o aumento de tarifas nas exportações brasileiras para os Estados Unidos tem consequências para o país como um todo. Essa é uma questão que vem sendo tratada com a devida cautela pelo governo federal, com posturas firmes de uma nação independente e soberana. No entanto, quando falamos da Zona Franca de Manaus, o impacto é praticamente nulo. Neste momento, seguimos acompanhando os desdobramentos, mas reafirmo que, para a Zona Franca, o efeito é nulo”, destacou.

Balanço

Também foi divulgado que, atualmente, a ZFM manda para fora do Brasil somente 1,5% de seu faturamento, sendo que, deste percentual, menos de 10% têm como destino os Estados Unidos. Nesse sentido, apenas 0,15% do faturamento da Zona Franca de Manaus estaria sujeito às novas tarifas.

Os dados ainda apontam que no ano de 2025, as exportações para o país são ainda menos expressivas. Com participação de 8,74% na compra de produtos produzidos na ZFM, os EUA ficam atrás de Alemanha, China, Argentina e Colômbia que lideram a lista de principais exportadores do Amazonas.

O governo estadual ainda ressaltou que, mesmo com o baixo impacto sobre o setor industrial, técnicos do Governo do Amazonas reforçam o compromisso de realizar monitoramento constante e, eventualmente, medidas de mitigação a possíveis impactos negativos que possam surgir posteriormente.

Também foi alertado que a taxação pode causar a desvalorização do real frente ao dólar, o que pode encarecer insumos importados e aumentar custos de produção e impactar a competitividade das indústrias instaladas no estado.

Autor

  • Formada em jornalismo pelo UniCeub e graduanda em Ciências Políticas. Atuou como repórter na TV Cultura, Record, Metrópoles e R7. Atualmente, na Arko Advice cobre Congresso Nacional. Vencedora do Prêmio Einstein +Admirados da Imprensa de Saúde e Bem-Estar e do Expocom/Intercom Centro-Oeste. Também conquistou lugar no Prêmio Paulo Freire de Jornalismo.

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