O Brasil já conta com cerca de 1.507 municípios cobertos pela rede 5G. De acordo com dados da Conexis Brasil Digital, sete em cada dez brasileiros têm acesso à nova geração da internet móvel. Em 2025, a tecnologia completa três anos de implantação no país, marcada por uma expansão que vai além de uma simples atualização: o 5G tem potencial para alterar profundamente a forma como a população vive e se conecta.
Esse avanço representa uma das maiores expansões de infraestrutura móvel do mundo desde o início da implantação da tecnologia em julho de 2022, quando Brasília foi a primeira capital a liberar a faixa de 3,5 GHz para o 5G.
Desde então, a infraestrutura tem avançado com a atualização das legislações municipais. Um dos marcos mais recentes ocorreu em maio deste ano, quando o número de cidades com leis de antenas compatíveis com a nova tecnologia superou a marca de mil. A adequação das normas locais é considerada fundamental para permitir a instalação das redes, que exigem estruturas mais densas e dinâmicas.
Brasil lidera em velocidade, mas disponibilidade do 5G ainda é baixa
Para viabilizar a expansão, o governo federal tem liberado recursos por meio do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (FUST). Mais de R$ 2,5 bilhões já foram contratados, sendo R$ 2 bilhões em parceria com o BNDES.
Apesar do país ter a terceira maior velocidade média de 5G do mundo, atrás apenas da Coreia do Sul e do Catar, a disponibilidade — ou seja, o tempo em que o usuário está efetivamente conectado à rede 5G — ainda é baixa, ficando em torno de 13% em janeiro de 2025, segundo a Opensignal.
Isso significa que, embora o sinal esteja presente em muitas cidades, a experiência plena do 5G ainda depende da ampliação da infraestrutura e da liberação de faixas de frequência mais baixas, como 600 e 700 MHz, para melhorar a cobertura em áreas internas e regiões afastadas.
A expectativa do setor é que o número de celulares 5G no Brasil ultrapasse 60 milhões até o fim de 2025, com a cobertura populacional chegando a 47% e avançando para 84% até 2030.