26.5 C
Brasília

Plenário do Senado vota projeto que transfere capital do Brasil para Belém durante a COP30

PL 358/2025 permite instalação temporária dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário na capital paraense

Data:

O Plenário do Senado analisa nesta terça-feira (7), a partir das 14h, o Projeto de Lei 358/2025, da deputada Duda Salabert (PDT-MG), que autoriza a transferência temporária da sede do governo federal para Belém durante a 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP30), entre 11 e 21 de novembro de 2025.

O texto já foi aprovado pela Câmara dos Deputados, e prevê que os atos e despachos do presidente da República e dos ministros de Estado assinados nesse período sejam datados na cidade de Belém. O Poder Executivo deverá regulamentar as medidas administrativas, operacionais e logísticas para viabilizar essa transferência temporária.

Apoios

Os senadores pelo Pará, Beto Faro (PT) e Zequinha Marinho (Podemos), manifestaram apoio à proposta. A deputada Duda Salabert destacou que a medida simboliza o compromisso do Brasil com a agenda climática e o desenvolvimento sustentável.

“Transferir a capital para Belém é uma forma de colocar a região amazônica no centro das decisões políticas globais”, destacou.

O deputado José Priante (MDB-PA), relator da proposta, defendeu a aprovação do texto:, afirmando que a COP30 deixará o Brasil “na vanguarda da diplomacia climática e ambiental, posição historicamente ocupada desde a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (Rio-92)

“Não é novidade no Brasil. Já aconteceu em 1992, quando a capital foi transferida para o Rio de Janeiro, numa sinalização nacional e internacional de que todas as atenções deveriam estar voltadas para aquele grande evento”, disse.

Em 1992, o então presidente Fernando Collor transferiu simbolicamente a capital brasileira para o Rio de Janeiro, a fim de acompanhar a conferência que acabou se consolidando como um marco para inserir o desenvolvimento sustentável na agenda global. A Eco-92, também chamada de Rio-92, ampliou o papel das ONGs nas negociações e lançou mecanismos de cooperação técnica e financeira entre países desenvolvidos e em desenvolvimento.

Autor

  • Jornalista formado pela Universidade Católica de Brasília (UCB). Com experiência em Política, Economia, Meio Ambiente, Tecnologia e Cultura, tem passagens pelas áreas de reportagem, redação, produção e direção audiovisual.

    Ver todos os posts

Compartilhe

Inscreva-se

Receba as notícias do Política Brasileira no Whatsapp

Leia Mais
Relacionado

CMN aprova mudanças para simplificar crédito rural a comunidades tradicionais

Alterações simplificam exigências para comunidades extrativistas, pescadores e indígenas em unidades de conservação

Ministério de Minas e Energia autoriza edital para primeiro Leilão de Áreas Não Contratadas do pré-sal

Leilão marca venda de participação da União em campos de alta produção, previsto para 4 de dezembro na B3

Cerca de 2,5 milhões de pessoas inscritas no CadÚnico se tornaram MEI

Estudo do Sebrae e MDS revela impacto da inclusão produtiva para famílias de baixa renda

Lula sobre encontro com Trump: “Não existe veto a nenhum assunto. Será uma reunião livre”

Agenda inclui materiais críticos, minerais e terras raras, além de sanções e relação diplomática