O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional lançou, há uma semana, o Atlas de Territórios Brasileiros para Parcerias Público-Privadas (PPPs) de Manejo de Resíduos Sólidos (aqui). O trabalho teve a participação da Secretaria Nacional de Fundos e Instrumentos Financeiros e o Instituto de Planejamento e Gestão de Cidades.
A publicação mapeia, de forma detalhada, os territórios brasileiros com maior potencial para a implantação de consórcios públicos e PPPs voltadas para a gestão integrada e sustentável de resíduos sólidos urbanos.
Com dados georreferenciados, indicadores socioeconômicos, infraestrutura disponível e análises de viabilidade técnica e econômica, o Atlas aponta oportunidades concretas para a estruturação de projetos de economia circular, o tratamento adequado de resíduos e a destinação ambientalmente correta, conforme a Política Nacional de Resíduos Sólidos.
O estudo identifica regiões estratégicas onde a cooperação intermunicipal pode reduzir custos, aumentar a eficiência operacional e atrair investimentos. E apresenta soluções como centrais de triagem e de reciclagem para aproveitar ao máximo o material componente dos resíduos e reduzir a emissão de gases de efeito estufa pelo Brasil.
Coleta de lixo
Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), divulgada na semana passada pelo IBGE, mostram que a coleta de lixo alcançou 86,9% dos domicílios do país em 2024, refletindo crescimento desde o início da pesquisa, em 2016. À época, essa cobertura era de 82,7%.
Mas a pesquisa mostra também que o número de propriedades que ainda queimam o próprio lixo é consideravelmente grande, chegando 4,7 milhões de domicílios — ou 6,1% do total.
Entre os domicílios em áreas urbanas, o levantamento revelou que, no ano passado, 93,9% tinham como principal destino do lixo a coleta feita diretamente por serviço de limpeza, enquanto apenas 0,4% das propriedades realizavam a queima de resíduos.
Nas áreas rurais, somente 33,1% das moradias tinham o serviço de coleta direta de resíduos, enquanto mais da metade dos lares (50,5%) ainda realizavam a queima.