Durante o evento “Presença Suíça na COP30”, realizado neste domingo (9) em Belém, a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva (Rede), e o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, anunciaram que a Suíça investirá 5 milhões de francos suíços, cerca de R$ 33 milhões, no Fundo Amazônia.
Fundo Amazônia
Criado em 2008, o Fundo Amazônia apoia projetos e ações que combatem o desmatamento, promovem o desenvolvimento sustentável e melhoram as condições de vida das populações da Amazônia Legal brasileira. Além disso, o BNDES administra o fundo, que recebe doações não reembolsáveis de governos estrangeiros e empresas nacionais.
Após ter ficado paralisado durante o governo de Jair Bolsonaro, o Fundo Amazônia foi retomado em 2023. Desde então, ele também apoia o desenvolvimento de sistemas de monitoramento e controle do desmatamento em outras regiões do Brasil e em países tropicais.
Até o momento, os recursos do fundo já financiaram 144 projetos, beneficiando mais de 600 organizações comunitárias e cerca de 260 mil pessoas.
Nesse contexto, as ações do fundo visam:
- Fortalecer o manejo florestal;
- Impulsionar a bioeconomia;
- Promover a inclusão produtiva;
- Valorizar os saberes tradicionais;
- Fortalecer as comunidades indígenas, quilombolas e ribeirinhas.
Negociações
Nesta segunda-feira (10), começam as negociações da conferência, que terão como foco principal a definição das Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs, na sigla em inglês). Essas contribuições representam as metas de mitigação climática, ou seja, os compromissos assumidos pelos países para reduzir as emissões de gases de efeito estufa.
Nesse contexto, o Brasil assumiu o compromisso de reduzir entre 59% e 67% de suas emissões até 2035, abrangendo todos os gases de efeito estufa e todos os setores da economia.

