A sonda da Petrobras que participará do simulado de emergência de exploração de petróleo na Margem Equatorial chegou ao local da possível perfuração, no litoral do Amapá, informou a companhia nesta terça-feira (19).
O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), órgão do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), confirmou na última quarta-feira (13) que a Avaliação Pré-operacional (APO) terá início no próximo domingo (24). O procedimento deve durar de três a quatro dias, podendo variar conforme as condições de execução das atividades planejadas.
A empresa utilizará a estrutura NS-42 na APO, última etapa do processo de licenciamento ambiental para perfuração do poço no bloco marítimo FZA-M-59, na Bacia da Foz do Amazonas.
Após meses de negociação, a Petrobras e o Ibama programaram o exercício simulado em conjunto.
Simulações
Durante a Avaliação Pré-operacional, a Petrobras testará, por meio de simulações, a efetividade do plano de emergência apresentado ao Ibama. Além disso, nessas simulações, a empresa verificará sua capacidade de responder a acidentes com derramamento de óleo, bem como avaliará:
- a eficiência dos equipamentos;
- a agilidade no atendimento;
- o cumprimento dos prazos de proteção à fauna;
- comunicação com autoridades e partes interessadas.
O exercício mobilizará mais de 400 pessoas e recursos logísticos, incluindo embarcações de grande porte, helicópteros e a sonda NS-42, que será posicionada exatamente no local do futuro poço.
Em nota, a Petrobras afirma que a empresa demonstrará sua capacidade de atuar com prontidão e estará habilitada para receber a licença para perfuração do poço.
Além disso, a presidenta da companhia, Magda Chambriard, destaca:
“Estamos levando para o Amapá a maior estrutura de resposta a ocorrências já mobilizada pela companhia.”
Margem equatorial
A Margem Equatorial ganhou notoriedade nos últimos anos porque se consolidou como uma nova e promissora fronteira de exploração de petróleo e gás. Recentemente, descobertas nas costas da Guiana, da Guiana Francesa e do Suriname reforçaram o potencial exploratório da região, situada próxima à linha do Equador.
No caso do Brasil, a área se estende do Rio Grande do Norte ao Amapá. A Petrobras já mantém poços nessa fronteira, mas, até o momento, o Ibama autorizou a perfuração apenas dos dois localizados na costa potiguar.