O Ministério da Fazenda, em parceria com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o Fundo Verde para o Clima (GCF), anunciou nesta quarta-feira (5) planos para lançar, em 2026, um fundo catalítico de investimento em participações histórico.
Atualmente, as equipes do BNDES e do GCF colaboram na estruturação do fundo, que terá um tamanho indicativo inicial de mais de US$ 400 milhões. Além disso, o fundo pretende alavancar mais de US$ 1 bilhão de investidores comerciais e instituições financeiras de desenvolvimento.
Dessa forma, ele se tornará um instrumento essencial da Plataforma Brasil de Investimentos Climáticos e para a Transformação Ecológica (BIP), criada para mobilizar investimentos em larga escala na transição verde brasileira.
BIP impulsiona projetos verdes
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), explica que a BIP, inserida no Plano de Transformação Ecológica, conecta a estratégia de financiamento do país a uma nova geração de projetos. Além disso, esses projetos têm o objetivo de impulsionar uma economia de baixo carbono e inclusiva.
“Junto ao BNDES, nosso parceiro central no financiamento da transformação ecológica, estamos construindo os instrumentos e as parcerias necessários para ampliar os investimentos que transformam ambição em implementação”, afirmou.
Para o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, a criação do fundo representa um avanço estratégico na transformação ecológica brasileira.
Além disso, ele destacou que a BIP se consolida como um instrumento nacional de coordenação, capaz de mobilizar recursos em larga escala e apoiar soluções climáticas que promovam desenvolvimento produtivo, inclusão social e sustentabilidade ambiental.
“Esta iniciativa também posiciona o Brasil como referência internacional na construção de modelos financeiros voltados à transição climática”, declarou o presidente.
A diretora executiva do GCF, Mafalda Duarte, também ressalta a importância do fundo. Ela explica que, por oferecer financiamento escasso, flexível e capaz de compartilhar riscos, o recurso do GCF, quando utilizado estrategicamente, pode impulsionar transformações em larga escala.
Estrutura de financiamento
A estrutura de financiamento anunciada hoje pretende combinar recursos do GCF, com os do BNDES, mobilizando capital adicional e criando um fundo de investimento em participações estimado em mais de US$ 1 bilhão.
Além disso, esse modelo inovador de financiamento misto foi projetado para usar capital concessional a fim de reduzir os riscos dos investimentos e catalisar a participação significativa do setor privado, uma abordagem essencial para EMDEs.
Por meio da BIP, o Brasil demonstra como alavancar capital catalítico, oferecendo um modelo para EMDEs que buscam criar plataformas nacionais eficazes, alinhadas às prioridades do país e articuladas de forma integrada com os setores público e privado.

