A indústria brasileira lidera uma iniciativa para ampliar a participação do setor privado na COP30, que acontece de 10 a 21 de novembro em Belém (PA). Criada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), a Sustainable Business COP30 (SB COP), em inglês, busca identificar e divulgar boas práticas e casos de sucesso entre mais de 40 milhões de empresas de 60 países.
Além disso, a CNI busca estabelecer um canal permanente para que o setor privado contribua em conferências climáticas, fortalecendo sua atuação em processos multilaterais e apresentando ações concretas de descarbonização, economia de baixo carbono e financiamento climático.
SB COP reforça setor privado nas COPs
Em entrevista concedida à Agência Brasil, o presidente da SB COP, Ricardo Mussa, avalia que o setor privado estará cada vez mais organizado para se fazer representar nas COPs. Ele ressalta que a edição brasileira deixará um legado para essa representação, permitindo o compartilhamento de ideias bem-sucedidas.
Em seguida, Mussa exemplificou: “Por que o projeto de bioeconomia da Malásia está funcionando? É por causa da legislação? É por causa do financiamento? Ao dissecar o projeto, é possível entender exatamente por que ele funciona.” Ele fez a observação após participar, nesta segunda-feira (25), de um debate na Casa Firjan, em Botafogo, no Rio de Janeiro.
Na visão do empresário, isso permitirá que o Poder Público elabore políticas públicas com base em exemplos que já dão certo. Dessa forma, em vez de apresentar novas ideias, será possível entender profundamente por que determinados casos alcançam sucesso. Além disso, a SB COP receberá sugestões de iniciativas bem-sucedidas até a próxima segunda-feira (1º), no site sbcop30.com.
Mussa acrescentou que os empresários brasileiros veem a COP30 como uma oportunidade para compartilhar suas experiências, o que deve resultar em muitas iniciativas do país voltadas a boas práticas.
“Diferentemente de outros temas, na questão climática, o Brasil contribui mais para a solução do que para o problema. Por isso, temos um empresariado que genuinamente pode liderar a discussão”, afirmou.