A expectativa do governo brasileiro é que o anúncio dos aportes financeiros de nações estrangeiras ao Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF) ocorram durante a COP30, que começa no dia 10 de novembro em Belém (PA). Até o momento, apenas o Brasil anunciou investimentos ao fundo, que totalizam US$ 1 bilhão.
Apesar do governo brasileiro querer lançar o Fundo na COP 30, ele não espera que os US$ 125 bilhões em investimentos estejam garantidos até lá. A ideia é que esses recursos sejam arrecadados enquanto o Brasil presidir a Conferência até dezembro de 2026.
Ontem (21), o Banco Mundial anunciou que administrará e hospedará interinamente o secretariado do TFFF, sinalizando positivamente a iniciativa. Os países que têm participado, junto ao Brasil, das discussões e estruturação do fundo são Noruega, Alemanha, Reino Unido, França e Emirados Árabes Unidos. Além disso, o Brasil estaria em contato com União Europeia, Colômbia, Gana, República do Congo, Indonésia e Malásia.
Como funcionará
A ideia é que o fundo remunere países que preservam florestas tropicais e reduzam o desmatamento no seu território. A iniciativa pretende conquistar US$ 125 bilhões em financiamento híbrido, com 20% oriundo de países soberanos e 80% de fontes privadas/filantrópicas.
O TFFF captará os valores no mercado a juros reduzidos como um ativo de baixo risco. Esses recursos serão reinvestidos em papéis que paguem taxas de juros mais altas. Com o lucro, anualmente, os países investidores serão remunerados com taxas de mercado pelo valor emprestado e, por fim, a diferença seria direcionada para países que comprovem via imagem de satélite a preservação das florestas tropicais.

