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Fundo internacional destina R$ 1,3 bi ao Brasil para indústria verde

País terá acesso a recursos para tecnologias limpas, hidrogênio verde e inovação industrial

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O Brasil conquistou o primeiro lugar no Programa de Descarbonização da Indústria (PID), iniciativa do Fundo de Investimentos Climático (CIF), e terá acesso a R$ 1,3 bilhão em financiamentos para ampliar tecnologias limpas, circularidade e projetos de hidrogênio de baixa emissão de carbono. O anúncio foi feito nesta sexta-feira (13).

“Estamos empenhados em promover uma indústria mais limpa, inovadora e competitiva, capaz de gerar empregos de qualidade, movimentar a economia e melhorar a vida da população brasileira. Com apoio do CIF, iremos fortalecer ainda mais nossas ações rumo a um futuro mais sustentável”, afirmou o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD).

O que é o PID

O PID é a primeira iniciativa global dedicada a financiar a redução de emissões industriais de gases de efeito estufa (GEE) em países emergentes, setor responsável por cerca de um terço das emissões globais. O programa, parte do Clean Technology Fund do CIF, vai destinar US$ 1 bilhão (R$ 5,5 bilhões) para sete países selecionados entre 26 candidatos: Brasil, Egito, México, Namíbia, África do Sul, Turquia e Uzbequistão.

A proposta brasileira foi destacada por seu forte engajamento do setor privado, prontidão institucional e compromisso com a descarbonização, além da robustez da Política Nacional de Transição Energética, coordenada pelo Ministério de Minas e Energia (MME).

Próximos passos

O Brasil agora desenvolverá um plano de investimento detalhado, com projetos prioritários, instrumentos financeiros e estratégias para atrair capital privado. A expectativa é que cada dólar investido pelo CIF atraia outros US$ 12 em financiamento adicional, potencializando o impacto econômico e ambiental.

Parte dos recursos será destinada a hubs de hidrogênio de baixa emissão, selecionados em chamada pública do MME. O programa permite até 100% do financiamento para projetos liderados pelo setor privado, com mínimo de 50% de co-investimento privado, e foca também em capacitação e criação de empregos verdes.

Reconhecimento

Além do Brasil, Egito, México, Namíbia, África do Sul, Turquia e Uzbequistão também foram selecionados para o programa, mas o país obteve a maior pontuação entre as propostas avaliadas pelo CIF.

Segundo o CIF, os países selecionados estão na linha de frente da transformação para uma indústria de baixo carbono e da geração de empregos do futuro, com potencial para aproveitar o mercado global de bens industriais verdes, estimado em US$ 2 trilhões até 2030.

Autor

  • Jornalista formado pela Universidade Católica de Brasília (UCB). Com experiência em Política, Economia, Meio Ambiente, Tecnologia e Cultura, tem passagens pelas áreas de reportagem, redação, produção e direção audiovisual.

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