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Extração de petróleo na Amazônia exigirá nova autorização ambiental, declara Lula

A Petrobras precisará de autorização adicional caso a exploração se mostre viável economicamente

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Nesta terça-feira (4), o presidente Lula (PT) destacou que será necessária uma nova autorização ambiental antes que a Petrobras possa iniciar a extração de petróleo e gás na Bacia da Foz do Amazonas. Lula está em Belém, a capital paraense, para presidir a cúpula de líderes da COP30, que ocorrerá na próxima quinta (6) e sexta-feira (7).

“Se eu fosse um líder falso e mentiroso, eu esperaria passar a COP para anunciar”, disse Lula, em entrevista aos correspondentes internacionais.

Novo pré-sal

A bacia sedimentar, localizada na Margem Equatorial entre o Rio Grande do Norte e o Amapá, como “o novo pré-sal” devido ao seu grande potencial petrolífero. No entanto, ambientalistas e comunidades locais demonstram preocupação com a proximidade dos ecossistemas costeiros da Amazônia.

No mês passado, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) concedeu à Petrobras a licença para iniciar operações de pesquisa exploratória na região. Durante esse período, a empresa pretende coletar dados geológicos detalhados e, em seguida, avaliar a viabilidade econômica da extração de petróleo e gás na área.

Novo processo de licenciamento

O presidente reforçou que, se a Petrobras descobrir petróleo e gás em condições economicamente viáveis no bloco FZA-M-059, na Bacia da Foz do Amazonas, a empresa precisará iniciar um novo processo de licenciamento.

Atualmente, a Petrobras possui outros poços na nova fronteira exploratória, mas o Ibama só autorizou até agora a perfuração dos dois localizados na costa do Rio Grande do Norte.

“Se encontrarmos o petróleo que se espera, teremos que reiniciar todo o processo para obter a licença”, afirmou Lula.

Críticas

Ambientalistas criticam a exploração, preocupados com os possíveis impactos ao meio ambiente. Além disso, eles enxergam a atividade como uma contradição à transição energética, que busca substituir os combustíveis fósseis por fontes de energia renováveis capazes de emitir menos gases do efeito estufa, responsáveis pelo aquecimento global.

Lula defende que o país não pode abrir mão dos combustíveis fósseis e afirma que os recursos obtidos com a exploração de petróleo serão usados para financiar a transição energética.

Em seguida, as negociações entre os delegados dos países signatários do tratado climático da ONU ocorrerão após a cúpula de líderes, de 10 a 21 de novembro. Entre os principais temas da agenda, estão:

  • financiamento climático
  • transição energética
  • adaptação e
  • preservação da biodiversidade.

Autor

  • Curso Jornalismo no Centro Universitário IESB e tenho como objetivo ampliar meus conhecimentos e contribuir com o propósito da Arko. *Estagiária sob a supervisão da reportagem*

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