Durante encontro com estudantes da Rede Nacional de Cursinhos Populares (COPO) em São Bernardo do Campo (SP), neste sábado (18), o presidente Lula (PT) afirmou que pretende universalizar o programa Pé-de-Meia, abrindo o acesso a todos os alunos do ensino médio no país. A proposta, segundo ele, será discutida com os ministros Fernando Haddad (Fazenda) e Camilo Santana (Educação).
“Temos 6 milhões de alunos no ensino médio. A gente vai ter que discutir com muito carinho, com o Haddad e com o Camilo, porque dentro da mesma sala de aula tem aluno que recebe e aluno que não recebe o Pé-de-Meia. E às vezes a diferença de salário é de centavos. Então precisamos aprovar a universalização do pé-de-meia, para que todas as pessoas possam ter o direito de estudar”, afirmou.
Atualmente, o programa beneficia cerca de 4 milhões de estudantes de famílias inscritas no CadÚnico, com investimentos anuais em torno de R$ 13 bilhões.
Investimento estudantil
Além da ampliação do Pé-de-Meia, Lula anunciou R$ 108 milhões para apoiar até 500 cursinhos populares voltados à preparação para o Enem. O objetivo é auxiliar estudantes em situação de vulnerabilidade social a ingressarem no ensino superior.
O presidente destacou que a evasão escolar no ensino médio ainda afeta cerca de 480 mil jovens e defendeu a universalização do programa como forma de reduzir desigualdades no acesso à educação.
Críticas à elite financeira
Lula afirmou que espera resistência do mercado financeiro e da “Faria Lima”, polo do setor bancário em São Paulo, que considera o investimento em incentivos educacionais uma despesa.
“Não estamos gastando. Estamos investindo na juventude, no povo periférico e na sobrevivência dos que mais precisam. Um governo que deixa um jovem abandonar a escola por falta de apoio não é um governo, é uma tranqueira”, declarou o presidente.

