O presidente Lula (PT) inaugurou nesta segunda-feira (28) a Usina Termelétrica GNA II, no Porto do Açu, em São João da Barra (RJ), considerada a maior termelétrica a gás natural da América Latina. Com investimento de R$7 bilhões do Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC) e capacidade instalada de 1,7GW, a estrutura representa cerca de 10% de toda a geração nacional a gás natural.
A usina possui quatro turbinas — três a gás e uma a vapor — e opera em ciclo combinado, modelo que garante alta eficiência e menores emissões por unidade de energia produzida. De acordo com informações do governo federal, a GNA II é capaz de fornecer energia segura e confiável para até 8 milhões de residências, fortalecendo significativamente a segurança do sistema elétrico e ampliando o abastecimento em períodos de maior demanda.
Ganhos para o Sistema Nacional
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), destacou o papel da GNA ao instalar um transformador que viabiliza o escoamento da energia produzida diretamente para a rede de transmissão de 500kV. Esse avanço facilita a integração da nova usina ao Sistema Interligado Nacional (SIN), promovendo mais confiabilidade, flexibilidade operacional e capacidade de resposta às necessidades do país.
“Todo esse sistema é voltado à melhoria da qualidade de vida da sociedade brasileira”, pontuou.
Tecnologia e sustentabilidade
Ao operar em ciclo combinado, a usina utiliza parte do vapor gerado para acionar turbinas adicionais, aproveitando melhor o combustível e reduzindo as emissões de poluentes em comparação com termelétricas convencionais. O próprio ministro ressaltou que o novo sistema garante energia estável e de menor impacto ambiental dentro do portfólio térmico nacional.
Silveira afirmou que o gás natural tem como objetivo garantir a segurança energética em momentos de maior consumo, destacando ainda que as regras para o leilão desse ano de capacidade de energia serão colocadas em consulta pública nos próximos dias.
“Nos próximos dias faremos consulta pública do leilão de capacidade de 2026 e, obviamente, energia térmica a gás será um dos produtos. O gás é imprescindível para robustecer o sistema elétrico, é a alternativa de baixa emissão de carbono para geração térmica e para continuar fazendo do Brasil o líder da transição energética global”, declarou Silveira.
A cerimônia de inauguração reuniu, juntamente com Lula e Alexandre Silveira, os ministros Silvio Costa Filho (Portos e Aeroportos), Renan Filho (Transportes), Márcia Lopes (Mulheres), além de outras autoridades dos âmbitos municipal, federal e estadual.

