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Transporte tem maior ciclo de investimento, com 16 leilões em menos de três anos

Setor privado aplicou R$ 176 bilhões no modal rodoviário nos últimos dois anos e oito meses

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A infraestrutura de transportes vive seu maior ciclo de investimentos no Brasil. Somente o modal rodoviário recebeu, nos últimos dois anos e oito meses, R$ 176 bilhões em aportes realizados pelo setor privado em 16 leilões.

Ao participar de audiência pública na Comissão de Viação e Transportes (CVT) da Câmara, na quarta-feira (20), o ministro dos Transportes, Renan Filho, afirmou que, mantido o ritmo atual, a previsão é de que o investimento privado atinja a marca anual de R$ 45 bilhões em 2030.

“Isso, isoladamente, deve gerar um crescimento anual de 0,3% do PIB. A previsão de investimentos privados para o período de sete anos é de R$ 218 bilhões, de 2023 até 2029”, disse o ministro. “Nosso desafio é acompanhar o crescimento da safra brasileira. Somente este ano, há previsão de 345 milhões de toneladas, o que representa um aumento de 16% em relação à safra anterior”, acrescentou.

O ministro observou ainda que a tendência é que os portos que compõem o chamado Arco Norte continuem ampliando sua participação no escoamento para o mercado externo da produção gerada pelo agronegócio. A participação desses portos passou de 26% da exportação nacional, em 2017, para 38%, em 2024, contabilizou Renan Filho. Lembrou ainda que as atenções também se voltam para a melhoria da logística nesses portos.

Nesse sentido, a concessão da BR-364 em Mato Grosso e Rondônia, em fevereiro, vai dar mais segurança ao tráfego de caminhões em direção a Porto Velho, no rio Madeira. As negociações envolvendo o contrato do trecho da BR-163 entre Mato Grosso e o Pará terão o mesmo papel em relação ao porto de Miritituba (PA), na hidrovia do rio Tapajós.

Renovação da FCA

Durante a audiência na CVT, Renan Filho afirmou que o contrato de concessão da Ferrovia Centro-Atlântica (FCA), operada pela VLI Logística, será o maior investimento ferroviário da história do país – em torno de R$ 30 bilhões, ao longo do termo aditivo do futuro contrato. O ministro disse que o TCU vai avaliar as possíveis vantagens de uma prorrogação de contrato, debatido desde 2015, e frisou que o debate é “técnico”.

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