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Perfuração do 1º poço na Margem Equatorial vai demorar cinco meses, segundo a Petrobras

Perfuração exploratória visa avaliar potencial e viabilidade econômica

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A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, afirmou, na terça-feira passada (28/10), que a perfuração do primeiro poço de petróleo da foz do rio Amazonas, na Margem Equatorial, deve demorar cinco meses para ser concluída.

A presidente da petroleira lembrou que o pedido de licença feito ao Ibama inclui três outros poços contingentes (auxiliares) ao primeiro, chamado de pioneiro: “Quando pedimos a licença lá atrás, solicitamos a perfuração de um poço pioneiro e de mais três contingentes.”

Durante sua participação no evento OTC Brasil – Offshore Technology Conference, no Rio de Janeiro, Magda Chambriard falou em democratizar o acesso ao petróleo. “O Brasil é um país continental, com potencial petrolífero de norte a sul, com Pelotas fazendo parte desse esforço.”

Estima-se que a Bacia de Pelotas possa conter até 15 bilhões de barris de petróleo, o que representa potencial para uma nova fronteira petrolífera. Conforme a edição mais recente do Relatório Mensal de Produção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), o Brasil ocupa hoje a sétima posição entre os maiores produtores, com 3,89 milhões de barris/dia, à frente de tradicionais produtores, como o Irã e os Emirados Árabes Unidos. Na semana passada, o campo de Búzios, na Bacia de Santos, ultrapassou a marca de 1 milhão de barris/dia.

Durante o OTC Brasil, o diretor-executivo do Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP), Roberto Ardenghi, afirmou que, se não fosse a descoberta do pré-sal na década de 2000, “seríamos hoje importadores”. Ele acrescentou que, hoje, 75% da produção nacional é proveniente do pré-sal.

A presidente da Petrobras classificou o preço atual do petróleo como desafiador para a indústria. O alerta ocorre em meio à fase final de elaboração do novo plano de negócios da companhia para os anos de 2026 a 2030, que será divulgado no dia 27, após a realização da COP30. “É um momento diferente do passado, quando o barril estava acima de US$ 100. Estamos vendo um momento de queda dessa commodity.” Atualmente, o preço está em torno de US$ 64.

Oferta permanente

A Agência Nacional do Petróleo (ANP) informou que se encontram disponíveis oito blocos exploratórios no edital da Oferta Permanente de Partilha de Produção. As 15 empresas inscritas poderão abrir um novo ciclo de licitação, ao declararem interesse em um ou mais blocos acompanhando a solicitação com garantia de oferta.

O edital contempla os blocos Jade, Ágata, Amazonita, Safira Leste e Safira Oeste, na Bacia de Santos, e Larimar, Turmalina e Ônix, na Bacia de Campos. Mais dois blocos já aprovados pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) – Cruzeiro do Sul e Mogno – poderão ser incluídos na Bacia de Santos.

Há 16 áreas adicionais na Bacia de Santos aguardando manifestação dos ministérios, o que pode elevar o total de blocos ofertados para 26 no próximo edital, previsto para o ano que vem.

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