O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), em alinhamento com o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), determinou a maximização da geração térmica e o aumento da prontidão das usinas para garantir o fornecimento de energia ao Sistema Interligado Nacional (SIN) durante o período seco de 2025 e a transição para o período úmido de 2025/2026. A medida faz parte de um conjunto de recomendações operacionais para assegurar o pleno atendimento à demanda de carga e potência no segundo semestre do ano.
Recuperação dos reservatórios do Sul
O ONS apresentou ao CMSE diversas ações para reforçar o atendimento de potência, incluindo a utilização da capacidade de modulação das hidrelétricas do rio São Francisco e da UHE Itaipu, além da maximização da disponibilidade de geração termelétrica — inclusive usinas merchant (sem contrato vigente) e termelétricas a gás natural liquefeito (GNL), que poderão ser despachadas sem a exigência de antecedência de 60 dias. Também foi antecipado para agosto de 2025 o início do suprimento de energia das térmicas contratadas no leilão de reserva de capacidade de 2021.
A região Sul, que vem sendo impactada por chuvas abaixo da média, segue sob monitoramento. O ONS e o CMSE implementaram flexibilizações nas hidrelétricas locais e intensificaram o intercâmbio de energia para o subsistema Sul, além de prever o despacho de térmicas próximas aos centros de carga para reforçar o atendimento regional.
Avanços operacionais
Segundo o diretor-geral do ONS, Marcio Rea, há perspectiva de elevação dos níveis dos reservatórios do Sul a partir de agosto, mas o atendimento de potência no segundo semestre permanece como prioridade máxima. O ONS também concluiu aprimoramentos nos Sistemas Especiais de Proteção (SEPs), que vão permitir o aumento dos limites de transmissão, especialmente para o escoamento de energia do Nordeste para o Sudeste.