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Leilão do canal de acesso em Paranaguá trouxe novo modelo nesses ativos

Modelo pioneiro no Brasil transfere a gestão e manutenção do canal para a iniciativa privada

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No leilão do canal de acesso ao porto de Paranaguá (PR), ocorrido no dia 22 do mês passado, o governo criou um modelo de licitação para esses ativos, ao adotar o processo contínuo de dragagem e manutenção dos canais. O consórcio Canal Galheta Dragagem (CCGD), brasileiro-belga, venceu a disputa.

A partir da concessão do canal no porto paranaense, essas obrigações passam a ser definidas em edital. A mesma proposta deverá ser adotada, a partir do próximo ano, nos leilões dos canais de acesso dos portos de Santos (SP), Itajaí (SC), Salvador (BA) e Rio Grande (RS).

Segundo o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, trata-se de modelo pioneiro, inédito no Brasil. “A concessionária passa a fazer a gestão do canal, a realizar as obras da cesta de serviços da concessão e a garantir os investimentos, que, no caso de Paranaguá, somam R$ 1,23 bilhão [na vigência do contrato].”

O calado do canal passará de 13,5 metros para 15,5 metros, alcançando embarcações de 366 metros. Com isso, haverá maior previsibilidade e segurança para as operações e as manobras, atraindo uma nova classe de navios graneleiros e de transporte de contêineres. A capacidade de carga vai ser ampliada de 80 mil para 120 mil toneladas.

Segundo o secretário nacional de Portos, Alex Ávila, “a concessão vai possibilitar que Paranaguá se qualifique cada vez mais como corredor estratégico para o escoamento da produção, atendendo tanto o comércio com o Mercosul quanto [o comércio] para exportação para a Europa e a Ásia, pela localização no sul do Brasil”.

Uma das obras previstas é a retirada de um maciço rochoso localizado no meio do canal que dificulta a passagem dos navios. A pedra tem funcionado como uma espécie de “quebra-molas” que, dependendo do nível das marés, retarda a movimentação das embarcações.

Terminal de contêineres

O Ministério de Portos e Aeroportos firmou, no último dia 5, um acordo de investimento com o grupo chinês CMPort para a expansão do Terminal de Contêineres do porto de Paranaguá. A expansão prevê investimentos de mais de R$ 1,5 bilhão a serem injetados nos próximos anos, com foco no aumento da capacidade de armazenagem e de movimentação de cargas no terminal paranaense.

“Com os investimentos, o Terminal de Contêineres de Paranaguá se consolidará como um dos maiores e mais importantes terminais do Brasil”, afirmou o secretário nacional de Portos, Alex Ávila, que esteve na China visitando terminais portuários como o porto de Xangai, o maior do mundo em movimentação de contêineres.

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