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Indústria da Construção registra pior desempenho em agosto

Setor registra queda na atividade, emprego e utilização da capacidade operacional

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A Confederação Nacional da Indústria (CNI), em parceria com a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), divulgou nesta terça-feira (23) que a indústria da construção registrou em agosto de 2025 o pior desempenho para o mês nos últimos nove anos.

Em comparação com julho, o índice de evolução do nível de atividade do setor caiu 3,5 pontos, chegando a 46 pontos. Com isso, o setor atingiu o nível mais baixo para o mês de agosto desde 2016.

Segundo Marcelo Azevedo, gerente de Análise Econômica da CNI, a alta da taxa de juros já vem afetando diretamente a indústria da construção. Isso ocorre ‘tanto pelo encarecimento do crédito para investimentos, quanto pela perda de ritmo da demanda”, analisou.

Empregos

O número de empregados na indústria da construção também caiu de forma expressiva em agosto. O índice de evolução do emprego recuou 3,8 pontos, atingindo 46,3 pontos, valor abaixo da média histórica para o mês (46,6 pontos) e o mais baixo desde 2018.

Além disso, a Utilização da Capacidade Operacional (UCO) também apresentou queda. O indicador diminuiu 2 pontos percentuais, chegando a 66%, o que representa o nível mais baixo para o mês de agosto nos últimos três anos.

Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI)

O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) da Construção aumentou 1,2 ponto em setembro, atingindo 47 pontos. Embora o indicador ainda esteja abaixo da linha divisória dos 50 pontos, o que reflete a continuidade da falta de confiança, esse crescimento indica que o pessimismo diminuiu em relação a agosto.

Esse avanço ocorreu, principalmente, porque o índice de expectativas cresceu 1,7 ponto, chegando a 48,9 pontos. Dessa forma, o indicador recuperou parte da queda de 2,4 pontos registrada no mês anterior. Como resultado, os empresários passaram a demonstrar mais otimismo em relação ao futuro de suas próprias empresas nos próximos seis meses e reduziram o pessimismo em relação ao desempenho da economia no mesmo período.

Índices de expectativas caíram

Em setembro, todos os índices de expectativas caíram. O índice de expectativa de compras de matérias-primas reduziu 0,4 ponto, chegando a 49,4 pontos. Com isso, o indicador se afastou da linha divisória dos 50 pontos, sinalizando que as expectativas para a aquisição desses itens ficaram mais negativas.

Além disso, o índice de expectativa de novos empreendimentos e serviços diminuiu 0,9 ponto, passando de 50,1 para 49,2 pontos, o que indica uma perspectiva de redução no número de novos empreendimentos e serviços.

O índice de expectativa para o número de empregados também caiu 0,6 ponto, indo de 50,8 para 50,2 pontos. Essa queda aproximou o indicador da linha divisória dos 50 pontos, mostrando uma expectativa de estabilidade nos postos de trabalho da construção.

Por fim, o índice de expectativa para o nível de atividade recuou 0,7 ponto, alcançando 50,7 pontos. Embora o indicador ainda esteja acima da linha divisória, ele reflete uma moderação na perspectiva de crescimento da atividade nos próximos seis meses.

Autor

  • Curso Jornalismo no Centro Universitário IESB e tenho como objetivo ampliar meus conhecimentos e contribuir com o propósito da Arko. *Estagiária sob a supervisão da reportagem*

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