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Furtos em dutos de combustível crescem 36% em 2025, após anos de queda

A média mensal aumentou 36% neste ano

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Desde 2019 com números em queda, os furtos de combustíveis em dutos da Transpetro, subsidiária da Petrobras e maior operadora de dutos do país, voltaram a crescer em 2025.

Segundo dados divulgados pela companhia, até 30 de junho foram registrados 17 casos, o que representa média de 2,83 ocorrências por mês. No ano passado, houve 25 casos no total, com média de 2,08. Dessa forma, a média mensal aumentou 36% neste ano.

A Transpetro chama essa prática de “derivação clandestina” de combustíveis, que ocorre quando criminosos perfuram as tubulações subterrâneas para desviar produtos líquidos. Nesse contexto, em fevereiro, uma operação no Rio de Janeiro revelou o envolvimento do contraventor Vinícius Dumond, apontado como líder de uma quadrilha que, além disso, atuava de forma organizada para realizar esses furtos.

Furto em dutos gera prejuízo

A Transpetro opera uma malha logística de 8,5 mil quilômetros de dutos espalhados pelo país. Para se ter uma ideia, essa distância equivale a uma linha reta de Porto Alegre a Natal, ida e volta. Por meio dessas estruturas, a empresa transporta petróleo e derivados, como gasolina e diesel. Nesse cenário, os oleodutos representam a principal forma de levar o petróleo até as refinarias.

Além do impacto financeiro, o furto em dutos provoca outros efeitos negativos, como o desabastecimento de regiões, danos ambientais e riscos à segurança tanto dos envolvidos quanto das comunidades vizinhas.

Segundo a companhia, o maior número de ocorrências foi registrado em 2018, com 261 casos. Em seguida, os registros caíram para cerca de 200 nos dois anos posteriores e, em 2021, despencaram para 102. Apesar disso, a Transpetro não divulga o valor total das perdas.

Investimentos para a segurança

A Transpetro investe, em média, cerca de R$ 100 milhões por ano para garantir a segurança dos 8,5 mil quilômetros de dutos que transportam petróleo e derivados em todo país.

Esses investimentos incluem:

  • Tecnologias avançadas de monitoramento;
  • Soluções de detecção sofisticadas;
  • Equipes de campo especializadas, supervisionadas continuamente por um centro de controle dedicado à proteção dos dutos.

Para o presidente da Transpetro, Sérgio Bacci, esse aporte é expressivo para o setor de óleo e gás e demonstra o compromisso da empresa com a integridade das estruturas, a prevenção de acidentes e a segurança do abastecimento do mercado.

“Monitoramos nossos dutos 24 horas por dia com tecnologia de ponta e atuamos rapidamente para evitar danos, mantendo ainda parcerias com comunidades e órgãos de segurança pública”, ressalta Bacci.

Ligue 168

A Transpetro oferece o Disque 168 para que cidadãos denunciem atividades suspeitas próximas às faixas de dutos, como movimentações atípicas ou presença de máquinas pesadas. O serviço é gratuito, garante anonimato e funciona 24 horas por dia, sete dias por semana. Além disso, o número faz referência ao dia 16 de agosto (16/8), data em que a Transpetro realiza ações de conscientização em diversas localidades.

Autor

  • Curso Jornalismo no Centro Universitário IESB e tenho como objetivo ampliar meus conhecimentos e contribuir com o propósito da Arko. *Estagiária sob a supervisão da reportagem*

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