O BNDES e o Export-Import Bank of China (Cexim) estruturam um fundo de investimento no valor de até US$ 1 bilhão voltado para projetos no Brasil em áreas como transição energética ecológica e desenvolvimento verde, infraestrutura, bioeconomia e comércio, mineração, agricultura, economia digital e inteligência artificial.
O modelo será implantado por meio de fundos de investimento que comprarão títulos de dívida ou participações societárias. A intenção é que o Cexim aporte US$ 600 milhões e o BNDES entre com cerca de US$ 400 milhões no fundo, que deve começar a operar no próximo ano.
A iniciativa busca promover o desenvolvimento sustentável bilateral Brasil-China e contribuir para a transição energética, conforme anúncio feito pelo diretor de Planejamento e Relações Institucionais do BNDES, Nelson Barbosa. No mês passado, BNDES e Cexim assinaram Termo de Compromisso e Declaração de Intenção de Cooperação para a estruturação do fundo.
“A gente assinou o acordo de cooperação de fazer um fundo [de investimento China-Brasil] de até US$ 1 bilhão. Esse fundo vai ser estruturado para financiar investimentos em mercado de capitais no Brasil”, afirmou Nelson Barbosa.
Segundo Barbosa, o instrumento é marco por ser o primeiro fundo bilateral entre uma instituição brasileira e outra chinesa sendo operado por investimentos basicamente em reais. “Essa nova parceria entre as duas instituições fortalecerá a relação comercial e econômica entre Brasil e China”, completou.
Barcaça para minérios
Com a presença do presidente Lula (PT) e da diretora de Infraestrutura do BNDES, Luciana Costa, o Estaleiro Enseada entregou, na quinta-feira (9/10), em Maragogipe, no Recôncavo Baiano, uma barcaça destinada ao projeto da LHG Logística. A barcaça será usada no escoamento de minérios pela hidrovia do rio Paraguai.
A embarcação é a primeira das 80 a serem produzidas pelo Enseada, com investimento de R$ 611 milhões financiados pelo BNDES e com recursos de R$ 3,7 bilhões do Fundo da Marinha Mercante.
O projeto da LHG Logística prevê a construção de 400 balsas e 15 empurradores para transporte hidroviário de minério de ferro e manganês, extraídos em Corumbá (MS), até o terminal marítimo de Nova Palmira, no Uruguai.
Após percorrer 2,5 mil quilômetros de hidrovia, é feito o transbordo de carga para navios de longo curso voltados para a exportação, em Nova Palmira. Lá são carregados navios graneleiros de até 45 mil toneladas.

