A extensão total das vias hidroviárias economicamente navegáveis no Brasil cresceu 279 km entre 2022 e 2024, passando de 20,1 mil km para 20,4 mil km, um aumento de 1,39%. Os dados fazem parte do Estudo de Vias Aquaviárias Interiores Economicamente Navegáveis (VEN), realizado bienalmente pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ) e aprovado em reunião da diretoria da agência em 9 de outubro.
O levantamento atualiza as informações da matriz de transporte hidroviário de carga e passageiros, com base em dados do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT). A região Norte apresentou o maior aumento percentual na malha hidroviária, com acréscimo de 3,56%.
Sustentabilidade e infraestrutura
O transporte hidroviário é considerado um dos modais mais sustentáveis, emitindo entre quatro e cinco vezes menos poluentes que o rodoviário, e 1,5 vez menos carbono que o ferroviário. Além de custos mais baixos de implantação e operação, as hidrovias reduzem acidentes fatais e roubos de carga.
Com a expansão da malha, o aproveitamento das hidrovias economicamente navegáveis atingiu quase 49% do total previsto no Plano Nacional de Viação (PNV), que estima 41,7 mil km para 2024. O investimento previsto para o setor portuário e hidroviário entre 2023 e 2026 é de R$ 30 bilhões, com destaque para hidrovias estratégicas como a do Rio Paraguai, com edital previsto para o primeiro semestre de 2026.

