O Ministério do Planejamento e Orçamento (MPO) publicou o relatório 2025 do projeto Rotas de Integração Sul-Americana. O relatório detalha o estado de obras estratégicas para a integração do Brasil com os países vizinhos, incentivando o comércio intrarregional. À Arko Advice, o secretário de Articulação Institucional do MPO, João Villaverde, destacou que a proposta sinaliza uma nova forma de financiamento, por meio dos Fundos Constitucionais de Financiamento (FCFs), o que pode aliviar o orçamento federal e permitir maior agilidade na execução de obras.
Segundo Villaverde, o envolvimento de governos estaduais, setor produtivo e órgãos federais, com previsão de monitoramento da execução, mostra um esforço por uma governança mais coordenada e orientada por resultados.
Inclusão de todos os estados
Pela primeira vez, os 16 estados que não fazem fronteira com os países da América do Sul — como São Paulo, Minas Gerais e Ceará, por exemplo — foram incorporados à estratégia, ampliando o escopo para todo o território nacional. A inclusão amplia o alcance do projeto, acrescentando cerca de 150,9 milhões de habitantes, 73% do PIB nacional e regiões responsáveis por 87% das exportações e 84% das importações brasileiras intrarregionais, principalmente com a América do Sul
Os estados agora incorporados correspondem a cerca de um terço do território brasileiro, o que já alcança uma área superior a qualquer país sul-americano.
O relatório destaca o objetivo de conectar diferentes regiões produtivas do Brasil a rotas terrestres e portos do Oceano Pacífico, favorecendo exportações para a Ásia e promovendo a integração completa do território. No Sudeste, o foco está em cadeias de valor como industrial, automotiva e farmacêutica, enquanto Nordeste, Norte e Centro-Oeste contribuem em potencial logístico, turismo e produção agropecuária. De acordo com o ministério, cada uma das 16 unidades não-fronteiriças apresentaram propostas que são alinhadas à suas vocações locais.