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Câmara aprova projeto que incentiva indústria de itens essenciais de saúde

Projeto busca autonomia do Brasil na produção de insumos e equipamentos de saúde

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A Câmara dos Deputados aprovou, nesta terça-feira (8), o projeto que institui a Estratégia Nacional de Saúde (PL 2.583/2020). Sob relatoria do deputado Isnaldo Bulhões Junior (MDB-AL), o projeto garante incentivos a indústrias nacionais que produzem insumos médicos e equipamentos de saúde, como também, realizem pesquisas na área. A proposta foi aprovada por 352 votos a favor e 63 contrários. Agora, o texto segue para o Senado.

O foco é reduzir a dependência externa e reforçar a capacidade do Brasil de responder a emergências sanitárias, como a que aconteceu durante a pandemia de covid-19.

Empresas Estratégicas de Saúde

O projeto define como Empresas Estratégicas de Saúde (EES) aquelas pessoas jurídicas credenciadas pelo Ministério da Saúde, com sede e instalação industrial no Brasil, dedicadas à fabricação de materiais médico-hospitalares.

Essas empresas terão acesso a benefícios fiscais, linhas de crédito do BNDES com condições financeiras favoráveis, taxas de juros competitivas, prazos ajustáveis e carência para pagamento do principal. Também poderão contar com normas especiais para compras e contratações públicas, desde que estejam alinhadas às necessidades do Sistema Único de Saúde (SUS).

Estímulo a pesquisa

Fica vedada a importação de insumos de produtos da área da saúde sem registro junto à autoridade sanitária federal, quando forem fabricados em território nacional por ESS, exceto comprovada insuficiência da produção nacional para o atendimento integral das necessidades do SUS.

Além disso, a administração pública poderá realizar licitações exclusivas para aquisição de produtos estratégicos fabricados ou desenvolvidos por essas empresas, estimulando ainda mais a produção local.

Produtos e setores contemplados

As EES deverão atuar na produção de itens essenciais para a saúde pública, como:

  • Equipamentos de proteção individual (luvas, aventais, máscaras cirúrgicas e N95, óculos de proteção, protetor facial, gorro)
  • Ventiladores pulmonares mecânicos e circuitos
  • Camas hospitalares e monitores multiparâmetro

Também são consideradas estratégicas as empresas que produzem ou desenvolvem Insumo Farmacêutico Ativo (IFA), partes, peças, componentes, sistemas e matérias-primas empregadas na produção desses equipamentos.

Soberania e segurança sanitária

Para os autores e o relator, a aprovação do projeto representa um avanço rumo à soberania e à segurança sanitária do Brasil, além de estimular a inovação e a criação de um parque industrial robusto, capaz de atender tanto ao mercado interno quanto, potencialmente, ao global.

“O projeto trata de soberania nacional. Esse projeto foi elaborado durante a pandemia, para que a gente pudesse ter, na produção nacional, a soberania do país. Para instalar mais empresas, mais saúde, em território nacional”, defendeu o deputado Doutor Luizinho (PP-RJ), um dos autores do projeto.

“A gente não pode ter uma outra pandemia e ficar dependendo de comprar respirador na China, na Índia. No dia em que tiver outra pandemia e for procurar uma máscara e não tiver, a gente não vai ter o preço tabelado pela China ou Índia, mas pelo país”, completou.

Autores

  • Jornalista carioca erradicada em Brasília, com experiência em cobertura econômica e política. Formação pela PUC-Rio, com passagem pela CNN Brasil na áreas de produção de videorreportagem.

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  • Jornalista formado pela Universidade Católica de Brasília (UCB). Com experiência em Política, Economia, Meio Ambiente, Tecnologia e Cultura, tem passagens pelas áreas de reportagem, redação, produção e direção audiovisual.

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