A empresa Braskem firmou um acordo com o estado de Alagoas para pagar R$ 1,2 bilhão em indenizações devido ao desmoronamento do solo em bairros da capital, Maceió.
De acordo com um comunicado à investidores divulgado na noite de segunda-feira (10), a companhia já desembolsou R$ 139 milhões. Além disso, a empresa planeja quitar o restante do valor durante os próximos dez anos.
O desastre ocorreu devido à extração de sal-gema realizada pela Braskem, que provocou o afundamento do solo.
Medidas
Segundo a companhia, o acordo prevê três medidas principais:
- compensação
- indenização
- ressarcimento ao estado
com o objetivo de reparar integralmente todos os danos patrimoniais e extrapatrimoniais.
Além disso, o ajuste prevê a extinção da ação movida pelo governo do estado contra a Braskem. No entanto, o acordo ainda precisa ser homologado judicialmente para entrar em vigor.
Desastre geológico em Maceió
O desastre geológico que atingiu Maceió se intensificou a partir de 2018. A Braskem explorou o sal-gema, o que provocou instabilidade no solo e causou o afundamento dos bairros:
- Pinheiro
- Mutange
- Bebedouro
- Bom Parto
- Farol
Como consequência, milhares de imóveis tiveram suas estruturas comprometidas, e, por isso, mais de 60 mil pessoas foram obrigadas a deixar suas casas por questões de segurança.
Os impactos se estenderam por anos. Em novembro de 2023, a prefeitura de Maceió decretou estado de emergência devido ao risco de colapso em uma das minas de sal-gema.
Além disso, em julho de 2025, a Defensoria Pública de Alagoas requisitou indenização de R$ 4 bilhões, visando compensar a desvalorização dos imóveis nos bairros vizinhos ao desastre.

