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Agências reguladoras adotam medidas para contornar cortes orçamentários

Aneel, ANP e ANA adotaram medidas de economia

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Uma terceira agência reguladora anunciou, na semana passada, a adoção de medidas emergenciais para enfrentar cortes orçamentários este ano. Em nota, a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) informou que a diretoria colegiada está “concentrando esforços” junto às autoridades para reverter os cortes, e que busca recompor os limites em níveis que permitam a continuidade das operações planejadas para o ano.
Também na semana passada, a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) distribuiu orientação interna com medidas de economia, em decorrência de cortes no orçamento. E, no fim da semana anterior, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) havia anunciado que adota horário de funcionamento especial a partir de 1º de julho. As agências tiveram suas atividades afetadas por um decreto de 30 de maio que promoveu reduções em suas dotações orçamentárias.
No caso da ANP, foi determinado o bloqueio de R$ 7,1 milhões autorizados para despesas discricionárias, como viagens, o que afeta o trabalho de fiscalização. O decreto também contingenciou R$ 27,7 milhões do orçamento da agência. No caso da Aneel, houve redução de R$ 38,6 milhões do total solicitado de R$ 239,76 milhões.
“A redução desses recursos afetará de forma geral o funcionamento da ANP e obrigará a agência a reduzir suas atividades”, afirma a nota da ANP. A diretoria decidiu suspender, por exemplo, o Programa de Monitoramento da Qualidade dos Combustíveis (PMQC) ao longo de julho.
Serão reduzidas ainda despesas com diárias e passagens aéreas e a destinação de recursos para atividades de fiscalização. Reuniões de diretoria, audiências públicas, workshops, seminários e similares não serão realizados presencialmente.
Na Aneel, a diretoria colegiada poderá adotar outras medidas para ajustar o nível de atividade às restrições orçamentárias em vigor. O quadro de funcionários, por exemplo, será afetado: serão afastados 140 servidores terceirizados, de um total de 487.
O diretor-geral da Aneel, Sandoval Feitosa, informou ter solicitado ao Ministério de Minas e Energia acréscimo orçamentário, com a liberação de, pelo menos, parte dos recursos bloqueados.

“Esses cortes foram tão profundos que não é possível nem descrever agora os impactos futuros dessa decisão. É um cenário jamais visto na agência”, resumiu.

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