A retomada da mesa diretora da Câmara dos Deputados na noite de ontem (6) foi precedida de uma série de reuniões. Após a reunião de líderes mais ampla, Hugo Motta (Republicanos-PB) teve uma conversa fechada no gabinete do ex-presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL). Pelo que a Arko Advice apurou, a reunião contou com a participação de líderes da oposição e de centro, mas líderes governistas não foram chamados. A oposição alega que Motta teria se comprometido a colocar para votar o fim do foro privilegiado e a anistia aos presos do 8 de janeiro.
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Oficialmente, Motta não confirmou compromisso com a pauta. O discurso, remetido aos líderes, é que, com o fim da ocupação física do Plenário, partidos de centro como PP e União se uniriam à obstrução, mas somente nos moldes regimentais, sem o uso da força para evitar votações. Assim, os temas poderiam começar a ser negociados.
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Porém, a alegação de um acordo firmado às portas fechadas colocou governistas em alerta e prenuncia maiores embates na Câmara. Líderes do governo ouvidos pela Arko dizem que uma decisão por fora da reunião de líderes oficial, se confirmada, deve ser entendida como um ato de traição por parte de Motta.