Federação
A federação nasce com dez deputados federais, um governador (Clécio Luís, do Amapá) e 138 prefeitos eleitos em 2024. O comando ficará com Ovasco Resende (PRD), tendo Paulinho da Força (Solidariedade) como vice. O acordo, que será formalizado em cartório e encaminhado ao TSE, obriga os partidos a atuar como uma só legenda por pelo menos quatro anos, unificando decisões sobre candidaturas, fundo partidário e tempo de TV.
Em 2023, o Solidariedade incorporou o Partido Republicano da Ordem Social (PROS). Mais tarde, no mesmo ano, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprovou a fusão entre o Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) e o Patriota, criando o PRD.
Crítica à polarização
O manifesto de lançamento da federação critica a polarização entre Lula e o bolsonarismo, defendendo a necessidade de uma alternativa política para o país. Nos bastidores, lideranças já acenam para o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, como possível nome de consenso, caso o União Brasil não o lance como candidato próprio.
A federação também reflete a tendência de redução da fragmentação partidária no Congresso, com o número de bancadas ativas caindo para 14 — o menor desde 1986. A expectativa é que a nova aliança traga mais estabilidade e competitividade para as legendas, já que os dez deputados atuais não contornam a atual cláusula de barreira: a federação agora precisa eleger ao menos 13 deputados em nove estados para manter acesso ao fundo partidário e tempo de TV a partir de 2026.