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Solidariedade e PRD oficializam federação e miram 2026

Nova aliança busca driblar cláusula de barreira e se apresenta como alternativa à polarização

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Foi oficializada nesta quarta-feira (25), na Câmara dos Deputados, a federação entre Solidariedade e o Partido da Renovação Democrática (PRD). O movimento, além de garantir a sobrevivência política das legendas diante do endurecimento da cláusula de barreira em 2026, sinaliza um reposicionamento estratégico no cenário nacional: ambos os partidos se afastam do governo Lula e discutem apoiar uma candidatura de centro nas próximas eleições presidenciais.
O Solidariedade garante que a formação desta federação “representa um movimento significativo no cenário político brasileiro, unindo forças para atuação conjunta no próximo pleito eleitoral e nos próximos quatro anos”, dizem em nota.
Também foi informado que os líderes do Solidariedade e do PRD estarão presentes para formalizar a federação. Ainda de acordo com a nota, “o ato simboliza o compromisso com a democracia e o desenvolvimento do Brasil”.
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Federação

A federação nasce com dez deputados federais, um governador (Clécio Luís, do Amapá) e 138 prefeitos eleitos em 2024. O comando ficará com Ovasco Resende (PRD), tendo Paulinho da Força (Solidariedade) como vice. O acordo, que será formalizado em cartório e encaminhado ao TSE, obriga os partidos a atuar como uma só legenda por pelo menos quatro anos, unificando decisões sobre candidaturas, fundo partidário e tempo de TV.

Em 2023, o Solidariedade incorporou o Partido Republicano da Ordem Social (PROS). Mais tarde, no mesmo ano, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprovou a fusão entre o Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) e o Patriota, criando o PRD.

Crítica à polarização

O manifesto de lançamento da federação critica a polarização entre Lula e o bolsonarismo, defendendo a necessidade de uma alternativa política para o país. Nos bastidores, lideranças já acenam para o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, como possível nome de consenso, caso o União Brasil não o lance como candidato próprio.

A federação também reflete a tendência de redução da fragmentação partidária no Congresso, com o número de bancadas ativas caindo para 14 — o menor desde 1986. A expectativa é que a nova aliança traga mais estabilidade e competitividade para as legendas, já que os dez deputados atuais não contornam a atual cláusula de barreira: a federação agora precisa eleger ao menos 13 deputados em nove estados para manter acesso ao fundo partidário e tempo de TV a partir de 2026.

Autores

  • Jornalista formado pela Universidade Católica de Brasília (UCB). Com experiência em Política, Economia, Meio Ambiente, Tecnologia e Cultura, tem passagens pelas áreas de reportagem, redação, produção e direção audiovisual.

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  • Formada em jornalismo pelo UniCeub e graduanda em Ciências Políticas. Atuou como repórter na TV Cultura, Record, Metrópoles e R7. Atualmente, na Arko Advice cobre Congresso Nacional. Vencedora do Prêmio Einstein +Admirados da Imprensa de Saúde e Bem-Estar e do Expocom/Intercom Centro-Oeste. Também conquistou lugar no Prêmio Paulo Freire de Jornalismo.

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