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Senado fará audiências antes de votar novo código eleitoral

Projeto estabelece regras para candidaturas de juízes, policiais e membros do MP, além de mudanças na participação feminina na política

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A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado realizará pelo menos três audiências públicas antes de votar o Projeto de Lei Complementar (PLP) 112/2021, que propõe uma ampla reforma do código eleitoral. O adiamento da votação ocorreu após pedidos de senadores que representam categorias impactadas por novas regras de elegibilidade, como juízes, membros do Ministério Público e policiais. Além disso, a bancada feminina defendeu a necessidade de mais debates para garantir “regras mais duradouras” que incentivem a participação das mulheres na política.

Mudanças no código eleitoral

A leitura do relatório do senador Marcelo Castro (MDB-PI) estava prevista para esta quarta-feira (2), mas foi adiada devido à apresentação de novas alterações no texto. Entre as mudanças, está a flexibilização da obrigatoriedade de preenchimento das vagas reservadas para candidaturas femininas. Segundo o novo parecer, os partidos terão um período de adaptação de 20 anos para atingir a cota mínima de candidaturas femininas, sem sofrer penalidades caso não preencham o percentual exigido. No entanto, as vagas remanescentes deverão permanecer vazias, não podendo ser ocupadas por homens.

Quarentena para juízes, promotores e policiais

Um dos pontos mais polêmicos do projeto é a quarentena de quatro anos para que juízes, membros do Ministério Público, policiais federais, rodoviários federais, policiais civis, guardas municipais, militares e policiais militares possam se candidatar a cargos eletivos. A medida enfrenta forte oposição da bancada da segurança pública, que vê na proposta uma restrição “excessiva” ao direito de candidatura dessas categorias.

Além disso, o projeto também regulamenta o período de inelegibilidade de políticos condenados pela Justiça, determinando que esse prazo não poderá ultrapassar 8 anos. O período começará a ser contado a partir da publicação da decisão que decretou a inelegibilidade do candidato.

Autores

  • Formada em jornalismo pelo UniCeub e graduanda em Ciências Políticas. Atuou como repórter na TV Cultura, Record, Metrópoles e R7. Atualmente, na Arko Advice cobre Congresso Nacional. Vencedora do Prêmio Einstein +Admirados da Imprensa de Saúde e Bem-Estar e do Expocom/Intercom Centro-Oeste. Também conquistou lugar no Prêmio Paulo Freire de Jornalismo.

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  • Jornalista formado pela Universidade Católica de Brasília (UCB). Com experiência em Política, Economia, Meio Ambiente, Tecnologia e Cultura, tem passagens pelas áreas de reportagem, redação, produção e direção audiovisual.

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