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Sem acordo com governo, agro articula pela derrubada da MP alternativa ao IOF

Setor ruralista se articula contra tributação de letras de crédito, recibos e debêntures prevista na MP 1.303/25

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Com pouco mais de um mês de prazo antes que a medida provisória alternativa ao IOF (MP 1.303/25) perca a validade, ainda não há acordo entre o governo e a bancada do agronegócio sobre o texto. O principal ponto de impasse permanece sendo a tributação de letras de créditos, certificados de recebíveis e debêntures. Atualmente, todos esses títulos são isentos de Imposto de Renda. Com a medida provisória, eles passariam a ser taxados com uma alíquota de 5%.

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Outras frentes

O movimento pela derrubada da MP deve ser adotado por outras frentes parlamentares. O deputado Joaquim Passarinho (PL-PA), presidente da Frente Parlamentar do Empreendedorismo (FPE) disse à Arko Advice que o grupo deve se juntar aos ruralista nessa demanda. Segundo ele, não faria sentido seguir com as propostas arrecadatórias depois que o STF reestabeleceu parcialmente o aumento do IOF promovido inicialmente pelo governo.

Governo se diz aberto a negociar

Em conversa com a Arko, o relator da matéria, deputado Carlos Zarattini (PT-SP), afirmou que as próximas semanas serão de negociação, mas que provavelmente o governo terá que abrir mão de alguma coisa para que a matéria seja aprovada. O desejo do governo é que o texto seja mantido na íntegra, mas o líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (PT-AP), afirmou que estão dispostos a negociar com os setores para que a MP seja aprovada, tendo em vista a importância econômica para as contas públicas.

Fazenda em jogo

Segundo apuração da Arko, a Fazenda e a bancada do agronegócio tem se reunido para discutir a MP. De um lado, o setor argumenta que a taxação inviabiliza investimentos. Do outro, a Receita Federal aponta esses títulos não estão sendo efetivamente direcionadas para os setores que prometem e, portanto, devem ser taxados como os outros investimentos.

Autor

  • Curso jornalismo na Universidade de Brasília (UnB) e busco unir meus conhecimentos da área da comunicação com o propósito da Arko Advice de entregar as principais notícias da política brasileira.

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