O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União), lançou oficialmente a sua pré-candidatura à Presidência da República, nesta sexta-feira (4), em Salvador. Visando a segurança pública como uma das principais bandeiras de sua campanha, Caiado reforçou bordões da sua vida política, como “se o bandido não mudar de profissão, ele terá que mudar de estado”.
O governador ainda disse, em seu discurso, que derrotará facções durante seu mandato, se eleito presidente da República, e que não permitirá invasões de terras. O evento também contou com a participação do senador Sergio Moro (União-PR).
Nos próximos dias, Caiado deve percorrer o país para fortalecer seu nome na disputa pelo Palácio do Planalto em 2026. O governador de Goiás seguirá com as próximas agendas nos demais estados do Nordeste. Posteriormente, vai percorrer os estados do Sul e do Sudeste.
Carreira política
Ronaldo Caiado já foi candidato a presidente, nas eleições de 1989. Terminou em décimo lugar, recebendo pouco menos de 500 mil votos. No segundo turno, apoiou o candidato que saiu vitorioso, Fernando Collor.
Foi deputado federal por quatro mandatos consecutivos (1999-2015). Em 2015 tomou posse como senador, cargo que deixou em 2019 para assumir o governo de Goiás, posto ao qual foi reeleito em 2022.
No início de março desse ano, anunciou que seria candidato a presidente, formando chapa com o cantor sertanejo Gusttavo Lima. Dias depois, o cantor anunciou sua desistência.
Inelegibilidade
Em dezembro do ano passado, a Justiça Eleitoral de Goiás, em primeira instância, decidiu condenar Caiado por abuso de poder político nas eleições municipais de 2024, tornando-o inelegível até 2032. Durante seu primeiro mandato, foi denunciado por nomear parentes em importantes funções públicas do estado de Goiás, como primos e tios.
A mesma decisão de dezembro de 2024 cassou o registro do prefeito eleito de Goiânia, Sandro Mabel, que foi apoiado por Caiado na campanha. As defesas dos dois políticos informaram que irão recorrer a instâncias superiores.