A declaração do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), dada ontem (7), de que não colocaria em pauta o pedido de impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes “nem com 81 assinaturas” tem gerado desconforto entre parlamentares e questionamentos sobre sua liderança na Casa.
A oposição anunciou ter conseguido as 41 assinaturas necessárias para aprovar a admissibilidade do processo de impedimento de Moraes, caso o presidente da Casa decidisse dar andamento ao pedido. No entanto, a postura categórica de Alcolumbre em barrar qualquer movimento nesse sentido tem levantado indagações sobre suas motivações.
Senadores, que preferem não serem identificados, apontam que a resistência de Alcolumbre pode estar relacionada a uma suposta proximidade pessoal com o ministro do STF. Segundo essas fontes, Alcolumbre e Moraes mantêm uma relação de amizade íntima, o que estaria influenciando a decisão política do presidente do Senado.
A situação tem potencial para enfraquecer a liderança de Alcolumbre na Casa, uma vez que muitos senadores questionam se suas decisões estão sendo pautadas pelo interesse institucional ou por motivações pessoais. A percepção de que critérios subjetivos podem estar prevalecendo sobre o cumprimento do regimento interno gera inquietação entre parlamentares.
O episódio reacende o debate sobre os limites entre as relações pessoais e o exercício de funções institucionais no alto escalão da política brasileira.

