20.4 C
Brasília

Paulo Teixeira responsabiliza Trump por alta nos alimentos e discute crédito para agricultura familiar

Ministro afirma que variação cambial impactou preços e diz que MDA trabalha para reassentar 326 mil famílias até 2026

Data:

Durante audiência pública na Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA) do Senado, nesta quarta-feira (9), o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira (PT), abordou diversos temas centrais da sua gestão. Entre os destaques, ele responsabilizou o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pela alta nos preços dos alimentos no Brasil, defendeu a reforma agrária e anunciou ações para ampliar o crédito ao pequeno produtor.

Efeito Trump

Para o ministro, a recente eleição de Donald Trump provocou instabilidade no câmbio, o que teria impactado diretamente o preço de alimentos como soja, milho e carne, commodities cotadas em dólar. “O aumento do preço se deveu a uma variação cambial e teve como razão a eleição de Donald Trump”, afirmou.

Ele lembrou ainda que insumos, defensivos agrícolas e embalagens são majoritariamente importados e, por isso, refletem o valor do dólar, encarecendo o custo da produção e afetando o consumidor final.

Crédito para pequenos agricultores

Teixeira também informou que o MDA está em diálogo com instituições financeiras para ampliar o acesso ao crédito rural. O Banco do Brasil já foi consultado, e reuniões com o Banco do Nordeste e o Banco da Amazônia estão sendo agendadas. A meta é fortalecer o financiamento de pequenos agricultores, o que pode ajudar a conter os preços e melhorar a produção interna.

Reforma agrária

Respondendo a questionamentos sobre as recentes invasões do Movimento Sem-Terra (MST) no chamado Abril Vermelho, o ministro defendeu a reforma agrária como política legítima: “É correta”, afirmou. Ele explicou que o movimento reivindica a intensificação da distribuição de terras, o que está nos planos do governo e previsto na Constituição.

Segundo Teixeira, o governo Lula tem como meta assentar 326 mil famílias até 2026 — com mais de 100 mil famílias previstas para 2025 e outras 99 mil em 2026. O ministro criticou a gestão anterior, alegando que o desmonte do ministério no governo Bolsonaro afetou o ritmo de reassentamentos, e atrasou a reestruturação da pasta.

Autores

  • Curso jornalismo na Universidade de Brasília (UnB) e busco unir meus conhecimentos da área da comunicação com o propósito da Arko Advice de entregar as principais notícias da política brasileira.

    Ver todos os posts
  • Jornalista formado pela Universidade Católica de Brasília (UCB). Com experiência em Política, Economia, Meio Ambiente, Tecnologia e Cultura, tem passagens pelas áreas de reportagem, redação, produção e direção audiovisual.

    Ver todos os posts

Compartilhe

Inscreva-se

Receba as notícias do Política Brasileira no Whatsapp

Leia Mais
Relacionado

Leilão da nova concessão da BR-381 (MG-SP) será no dia 11 de dezembro

Rodovia Fernão Dias terá novo contrato para modernização e ampliação de capacidade

Senado suspende exigência de licença prévia para ferrovias privadas

Projeto suspende exigência ambiental para debêntures ferroviárias

Flávio Dino acompanha Moraes e vota pela condenação de Bolsonaro e mais sete

Ministro defende penas mais severas para Bolsonaro e punições diferenciadas para alguns réus

Governo de SP relança programa para renegociação de dívidas tributárias

Iniciativa oferece descontos de até 75% e parcelamento em 120 vezes para débitos de ICMS, IPVA, ITCMD e multas do Procon inscritos em dívida ativa