A filiação do vice-governador de Minas Gerais (MG), Mateus Simões, ao PSD – ele estava no Novo – representa mais um movimento estratégico do presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, visando as eleições de 2026.
Com a ida ao PSD, Mateus Simões, que será o candidato do governador Romeu Zema (Novo) ao Palácio da Liberdade, fortalece seu potencial eleitoral. Com Matheus no PSD, fica inviabilizada a candidatura do senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) a governador, que é um desejo do presidente Lula (PT). Agora, para concorrer a governador, Pacheco teria que trocar de partido.
No PSD, Mateus terá mais estrutura partidária, tempo de TV e recursos dos fundos partidário e eleitoral para a campanha, além de contar com o apoio de Zema. O próximo movimento da base de Zema deve ser a busca pela unidade da direita, já que o senador Cleitinho Azevedo (Republicanos-MG) e o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) aparecem como pré-candidatos a governador. Se ambos apoiarem Matheus Simões, cresce as chances da direita vencer no primeiro turno em MG.
Gilberto Kassab, ao garantir a filiação de Mateus Simões e se aproximar de Romeu Zema, leva o PSD mais à direita. Vale lembrar que em São Paulo (SP), Kassab estará ao lado do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), caso ele concorra à reeleição. Ou seja, nos dois maiores colégios eleitorais do país, Kassab, faz movimentos à direita.
Se Tarcísio concorrer ao Palácio do Planalto, Kassab já garantiu que o PSD apoiará o governador paulista. Por outro lado, se Tarcísio desistir do projeto nacional, Kassab constrói pontes importantes para uma eventual candidatura do governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), a presidente, já que terá os governadores dos dois maiores estados do país ao seu lado.