A Comissão de Ética Pública da Presidência da República (CEP) analisará nesta segunda-feira (24) um processo envolvendo a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves. A investigação apura gravações que indicam que a ministra teria oferecido uma saída negociada antes de demitir uma ex-secretária da pasta, que, segundo denúncias de servidores, supostamente teria sido vítima de racismo no exercício do cargo.
As gravações, obtidas pelo Estadão, sugerem que o acordo incluía o aumento de repasses para entidades no Pará – estado da ex-secretária – e a busca de financiamento internacional para apoiar sua campanha eleitoral em 2026. Além disso, Cida Gonçalves teria cogitado realocar a ex-secretária em um cargo relacionado à COP-30, conferência climática da ONU que ocorrerá em Belém (PA), no mês de novembro.
Possíveis mudanças no governo
O caso levanta questionamentos sobre a conduta da ministra e o possível uso de recursos para fins políticos. Fontes do Palácio do Planalto indicam que Cida Gonçalves pode ser substituída na reforma ministerial.
A ministra entrou no cargo no primeiro dia do governo Lula, em janeiro de 2023, após a recriação do Ministério das Mulheres.