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Lula defende solução equilibrada para exploração de petróleo na Margem Equatorial

Presidente enfatiza necessidade de responsabilidade ambiental e cumprimento das exigências do Ibama

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O presidente Lula (PT) afirmou que seu governo busca por um equilíbrio entre desenvolvimento econômico e preservação ambiental na exploração de petróleo na Margem Equatorial. Ele destacou que a Petrobras deve cumprir todas as exigências do Ibama, garantindo tempo suficiente para avaliar e mitigar possíveis impactos ambientais. A declaração foi dada em entrevista para a Rádio Clube do Pará, na manhã desta sexta-feira (14).

Investigação do potencial energético

Lula ressaltou que, apesar de o Brasil possuir uma matriz energética majoritariamente limpa, é essencial continuar investigando o potencial da Margem Equatorial. Ele citou os exemplos de Suriname e Guiana, onde descobertas significativas impulsionaram a economia. De acordo com o presidente, caso a riqueza estimada se confirme, os recursos podem trazer recursos para pesquisa, e assim financiar a transição energética no país.

“A gente quer mostrar para o Ibama, para a companheira Marina (Silva, ministra do Meio Ambiente)e para os especialistas que é plenamente possível fazer prospecção de petróleo. A gente não pode prescindir, porque se essa riqueza existir, ela vai ajudar a fazer a transição energética. […] Se tiver petróleo, vamos ter mais dinheiro para fazer mais educação, mais saúde, mais tecnologia, mais dinheiro para contratar gente para o Ibama, professor, médico, dinheiro para cuidar do Brasil”, disse.

O ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), estaria conduzindo esforços para demonstrar a viabilidade técnica da exploração junto ao Ibama e especialistas.

Desafios e embates ambientais

A exploração de petróleo na Foz do Amazonas é um tema controverso dentro do governo e entre ambientalistas. O Ibama negou, em 2023, um pedido da Petrobras para perfuração na região, apontando riscos ambientais. No entanto, a estatal segue em busca de licenciamento para avançar nos estudos.

Nessa semana, a Associação Nacional dos Servidores do Meio Ambiente (Ascema Nacional) manifestou preocupação com possíveis pressões políticas sobre o Ibama. A entidade destacou que, desde 2012, há a possibilidade de realizar uma avaliação ambiental de área, mas o governo ainda não implementou esse estudo.

Autores

  • Estudante de Ciência Política na Universidade de Brasília (UnB), busco, junto ao jornalismo político, desenvolvimento profissional e experiências que possam aperfeiçoar esta jornada. * Estagiária sob a supervisão da equipe de reportagem.

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  • Jornalista formado pela Universidade Católica de Brasília (UCB). Com experiência em Política, Economia, Meio Ambiente, Tecnologia e Cultura, tem passagens pelas áreas de reportagem, redação, produção e direção audiovisual.

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