O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), disse não acreditar que as tarifas dos EUA sobre produtos brasileiros serão mantidas. Para ele, a imposição de taxas de 50% é política e economicamente insustentável.
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“Os EUA são superavitário em relação à América do Sul e ao Brasil também. Nos últimos 15 anos tivemos um déficit de bens e serviços de mais de US$ 400 bi com os EUA […] Não faz sentido um país que tem 200 anos de relações com o Brasil ter esse tipo de atitude”, argumentou, em entrevista ao canal “Barão de Itararé” e outros canais de mídia alternativa.
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Multilateralismo
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O ministro defendeu que o Brasil é um país que aposta no multilateralismo em suas relações exteriores e que não escolhe parceiros por alinhamento ideológico.
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“O Brasil tem tamanho para não pensar em se alinhar a um bloco econômico, por mais importante que ele seja. O país que está negociando com China, Rússia, Índia, Áfria do Sul, com o Oriente Médio, é o mesmo país que está buscando o acordo com a União Europeia. É o mesmo país que buscou acordo com o governo dos EUA durante o governo Biden”, disse.
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Críticas a Tarcísio
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Ele ainda reafirmou o discurso do governo de que as tarifas foram gestadas com apoio de Eduardo Bolsonaro (PL). “Até a extrema-direita vai precisar reconhecer, mais cedo ou mais tarde, que deu um tiro no pé. Isso porque está prejudicando o estado de São Paulo, com o suco de laranja, os aviões da Embraer”, destacou.
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Haddad ainda fez críticas duras ao governador de SP, Tarcísio de Freitas (Republicanos), que culpou Lula pelas tarifas.
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“O governador errou muito. Ou uma pessoa é candidata a presidente, ou é candidata a vassalo. Não há espaço no Brasil para vassalagem”, atacou.

