O presidente do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, participa da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) das Bets, agendada para esta terça-feira (8), às 11h. A sessão pretende abordar o papel do BC na regulação e fiscalização das apostas esportivas eletrônicas, também conhecidas como “bets“, no Brasil.
Impacto das apostas
O próprio presidente da CPI, senador Dr. Hiran (PP-RR), requeriu a presença de Galípolo. Segundo o requerimento, ele será questionado sobre os seguintes temas:
- A capacidade de rastreamento e analise dos fluxos financeiros relacionados às plataformas de apostas esportivas, para identificar possíveis irregularidades;
- A supervisão das instituições de pagamento utilizadas pelas plataformas de bets;
- Normas e procedimentos existentes para o controle de transações financeiras, estudando a possibilidade de implementação de medidas específicas para o setor das bets; e
- A avaliação do impacto econômico das bets no sistema financeiro, destacando o volume de recursos movimentados.
CPI investiga impacto nas famílias e possível elo com crime organizado
Instalada em 12 de novembro de 2024, a Comissão Parlamentar de Inquérito das Apostas, conhecida como CPI das Bets, foi criada para apurar os efeitos das apostas on-line no orçamento das famílias brasileiras e possíveis conexões com organizações criminosas. A relatoria está sob responsabilidade da senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS).
A investigação abrange os chamados jogos de “apostas de quota fixa” — categoria que inclui tanto as apostas esportivas (as chamadas bets) quanto jogos on-line semelhantes a cassinos, como o popular Fortune Tiger, conhecido como “Jogo do Tigrinho”. Nesse modelo, o apostador sabe previamente quanto pode ganhar em relação ao valor apostado, caso acerte o resultado.
Ao final dos trabalhos, a CPI poderá apresentar propostas de alteração legislativa e encaminhar as conclusões aos órgãos competentes para responsabilização criminal dos envolvidos, quando for o caso.