O ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz (PDT), declarou que a intenção ao assumir a pasta era “virar a página” diante dos desvios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) que desviou mais de 6,3 bilhões da aposentadoria. A declaração foi durante a ida do ministro à Comissão de Transparência, Governança, Fiscalização e Controle e Defesa do Consumidor (CTFC) do Senado nesta quinta-feira (15).
“Quero virar a página desse fato, ressarcir os aposentados, buscar os culpados e fazer com que nenhum aposentado ou pensionista seja prejudicado”, afirmou. Ainda de acordo com o ministro, uma nova regulamentação do desconto em folha será analisado pelo governo para mitigar outras possíveis fraudes.
Ao ser questionado sobre a celeridade do ressarcimento para os pensionistas e aposentados prejudicados, Wolney disse que a “prioridade absoluta” do governo foi o acolhimento dos segurados desde o começo das investigações. O ministro também alegou que a investigação dos descontos partiu do atual governo, mesmo com indícios das irregularidades desde 2019.
Líder do PT diz que partido deve apoiar a CPMI do INSS
O líder do PT no Senado, senador Rogério Carvalho (SE), afirmou que o partido deve assinar o pedido de criação de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para investigar o desvio de dinheiro de aposentados e pensionistas do INSS. Até o momento, a iniciativa contava apenas com o apoio da oposição. Segundo ele, o apoio é acompanhado de um pedido para que a comissão também investigue o governo passado.
“Eu quero dizer, na condição de líder do PT [no Senado], que nós vamos defender que o partido participe dessa CPMI — mas não uma CPMI para disputa política ou palanque eleitoral, e sim para investigar, apontar os responsáveis e prender aqueles que burlaram os pensionistas do INSS”, disse Rogério Carvalho.
O pedido para criação da CPMI foi protocolado na segunda-feira (12) pela deputada Coronel Fernanda (PL-MT) e pela senadora Damares Alves (Republicanos-DF).