Durante a 106ª Sessão Ordinária da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp), realizada nesta quarta-feira (20), parlamentares usaram a tribuna para manifestar preocupação com o avanço da instalação de pedágios e radares nas rodovias estaduais. O principal alvo das críticas foi o sistema de pedágio automático conhecido como free flow, que tem sido implementado pelo governo estadual.
O modelo, que dispensa a existência de praças físicas de pedágio, realiza a cobrança por meio de pórticos com sensores que identificam placas ou tags eletrônicas instaladas nos veículos. Embora prometa fluidez no trânsito e redução de congestionamentos, o sistema tem gerado forte resistência por parte de deputados estaduais e prefeitos do interior paulista, especialmente devido à quantidade de pórticos instalados em curtos trechos de rodovias.
Pedágio
A ampliação do free flow tem sido motivo de atrito. Segundo os parlamentares, o excesso de pontos de cobrança está onerando os motoristas e penalizando, principalmente, os moradores de cidades pequenas que dependem diariamente das rodovias para deslocamentos curtos.
Além da polêmica sobre os pedágios, a sessão também abordou temas como segurança nas estradas, fiscalização eletrônica e os impactos socioeconômicos da política de concessões viárias adotada pelo governo estadual.
O tema gerou críticas transversais, envolvendo deputados de diferentes partidos — União, PT, PSD, PL, PSOL, PSB e PP — que alertaram para a necessidade de revisar e debater publicamente o modelo e a expansão dos sistemas automáticos de cobrança e fiscalização.