A Comissão de Relações Exteriores (CRE) do Senado aprovou, nesta terça-feira (22), a realização da sabatina de cinco diplomatas indicados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para representar o Brasil nas embaixadas da Alemanha, Arábia Saudita, Irã, Áustria e Rússia.
Confira os nomes de cada indicado:
- Rodrigo de Lima Baena Soares – Indicado para exercer o cargo de embaixador do Brasil na República Federal da Alemanha. Diplomata de carreira, é ministro de primeira classe do Itamaraty e já serviu em postos no Japão, Estados Unidos e França.
- Paulo Uchôa Ribeiro Filho – Designado para atuar na Arábia Saudita e, cumulativamente, na República do Iêmen. Com longa trajetória no Ministério das Relações Exteriores, já representou o Brasil em países do Oriente Médio e África.
- André Veras Guimarães – Será sabatinado para o cargo de embaixador na República Islâmica do Irã. É ministro de segunda classe e possui experiência em temas ligados à Ásia e à diplomacia multilateral.
- Eduardo Paes Saboia – Indicado para a Embaixada do Brasil na República da Áustria. É conhecido por seu trabalho na área de direitos humanos e já foi embaixador no Peru.
- Sérgio Rodrigues dos Santos – Indicado para a Embaixada da Rússia, com atuação cumulativa na República do Uzbequistão. Tem experiência diplomática na Ásia Central e já desempenhou funções relevantes no Itamaraty.
Como funciona a sabatina
Normalmente, os nomes são escolhidos entre ministros de primeira ou segunda classe do Itamaraty. Após a indicação ser publicada no Diário Oficial da União (DOU), ela é encaminhada ao Senado, onde precisa ser analisada pela Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE).
O presidente da CRE escolhe um senador para apresentar o currículo e elaborar um parecer sobre o indicado. O relator e os demais integrantes da comissão têm um prazo para analisar a indicação. Em seguida, é marcada uma reunião para a sabatina, momento em que os senadores fazem perguntas sobre a formação, trajetória profissional e a postura esperada do candidato em relação ao país onde atuará.
Após a sabatina, é realizada uma votação secreta na comissão. Se aprovado, o nome segue para o plenário do Senado, onde precisa da maioria absoluta dos votos favoráveis — ou seja, ao menos 41 senadores presentes devem votar a favor da nomeação.