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Com pressão para desembarque do governo, Federação União-Progressista será oficializada em 15 dias

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Pouco antes de terem a federação partidária votada em suas convenções nacionais, os partidos União Brasil (União) e Progressistas (PP) discutem nos bastidores como se posicionar em relação ao governo. A votação para referendar a união está marcada para 19 de agosto. Nas bancadas, há quem defenda o desembarque após essa data, ou até antes.

Ainda não está certo se esses partidos devem se declarar de oposição ou se passarão a adotar uma posição de independência, que também permitiria votação mais livre, sem preocupação de desagradar o Planalto.

Parlamentares ouvidos pela Arko Advice contam que os presidentes das duas siglas têm cada vez mais fortalecido sua posição em prol de um rompimento formal, com entrega de cargos e ministérios. Haveria a possibilidade, inclusive, de expulsão dos membros que resistirem. “Claro que ministros podem querer manter o cargo, mas podem precisar deixar o partido para isso”, disse um parlamentar próximo à cúpula da federação.

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Histórico de desgaste

Um rompimento não seria surpresa, visto que já houve uma elevação de tom do grupo em relação ao governo. Na última segunda-feira (4), os presidentes do União, Antônio Rueda, e do Progressistas, Ciro Nogueira, publicaram uma carta criticando Lula (PT) pelo tom que o presidente tem adotado em relação aos Estados Unidos.

Participação no governo

O União tem participação na Esplanada com o ministro do Turismo, Celso Sabino, mas também foi responsável pela indicação dos ministros Frederico Siqueira (Comunicações) e Waldez Góes (Integração Nacional). Esses dois, porém, são vistos como indicados pessoais do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), e não da bancada como um todo. Já o Progressistas indicou o ministro do Esporte, André Fufuca.

Além disso, os partidos possuem uma quantidade relevante de cargos de segundo escalão, em estatais e autarquias.

STF valida federações partidárias e define prazo para registro do estatuto junto ao TSE

O plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) validou, nesta quarta-feira (6), o instrumento das federações partidárias. Uma ação impetrada pelo PTB questionava a constitucionalidade da norma, que foi, então, reconhecida pelo Supremo. Os ministros, entretanto, fixaram um prazo de até seis meses antes das eleições para que o estatuto da federação seja registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O prazo é o mesmo dado para o registro dos estatutos de partidos políticos.

O plenário tomou a decisão por maioria, sendo voto vencido apenas o ministro Dias Toffoli.

Autores

  • Jornalista formado pela Universidade de Brasília (UnB). Coordenador de jornalismo na Arko Advice, contribui para o Política Brasileira com bastidores da política nacional. Tem passagem como repórter pelo Correio Braziliense, Rádio CBN e Brasil61.com. Mestrando em Ciência Política.

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  • Jornalista carioca erradicada em Brasília, com experiência em cobertura econômica e política. Formação pela PUC-Rio, com passagem pela CNN Brasil na áreas de produção de videorreportagem.

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