Após a votação apertada na comissão mista, o governo está receoso de sair derrotado na votação na Câmara da MP que taxa títulos isentos (MP 1.303/25). Para desenhar uma reação, o presidente Lula (PT) convocou líderes governistas para um almoço de alinhamento. Os ministros da Fazenda, Fernando Haddad (PT), e das Relações Institucionais, Gleisi Hoffman (PT), e o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB) também participaram. Motta teria se comprometido a ajudar na articulação.
Decisão no voto
Nesse cenário, a orientação dada por Lula foi insistir na votação, segundo relatos de participantes ouvidos pela Arko Advice. Isso porque havia a possibilidade de deixar a MP caducar, evitando uma possibilidade de derrota.
A ideia é usar o argumento de que a MP também realiza mais de R$ 4 bi em corte de gastos, como o centro tem demandado.
Chance de derrota
O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), admitiu hoje (8) mais cedo que há chance de derrota. Líderes dos partidos de centro tem relatado ao governo que suas bancadas estão rachadas, não havendo garantia dos votos necessários para aprovação. No União e PP, que se aproximam cada vez mais da oposição, há chance de haver maioria contra o projeto.
Acerto de contas
A mobilização contrária à MP é vista pelo PT como um acerto de contas pela oposição do partido à PEC das Prerrogativas, que protegeria parlamentares de ações judiciais. Além disso, lideranças da oposição argumentam que a arrecadação extra turbinaria as ações do governo justamente em ano eleitoral. Em entrevista à GloboNews, o relator, Carlos Zarattini (PT-SP) acusou a bancada do agro e os partidos de centro de descumprimento de acordo.

