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Câmara libera R$ 4,6 bi em emendas canceladas

Texto libera pagamento de restos a pagar; votação agora é no Senado

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A Câmara dos Deputados aprovou, na noite desta terça-feira (18), projeto de lei que permite reativar R$ 4,6 bilhões em investimentos cancelados, liberando recursos para a retomada de obras paralisadas em todo o país. O texto, aprovado por 347 votos a 114, agora segue para o Senado.

Amapá lidera perdas com cancelamentos

De acordo com a Consultoria de Orçamento e Fiscalização Financeira da Câmara, o Amapá foi o estado mais prejudicado pelos cancelamentos. Em 2024, o estado perdeu R$ 515 milhões em recursos, sendo R$ 129,5 milhões de emendas apadrinhadas pelo presidente da Câmara, Davi Alcolumbre (União-AP).

O cancelamento ocorre quando a despesa empenhada não é liquidada no prazo.

Projeto reativa restos a pagar cancelados

O relator, deputado Danilo Forte (União-CE), argumentou que o projeto permite o pagamento dos chamados “restos a pagar não processados”, referentes a empenhos feitos entre 2019 e 2022, e cancelados no final de 2024.

Segundo a proposta, os valores agora poderão ser quitados até o final de 2026, o que daria um novo fôlego para obras e convênios que estavam paralisados.

O presidente da sessão, Gilberto Nascimento (PSD-SP), afirmou que o texto voltará ao Senado, “para evitar questionamentos sobre mudança ou não no mérito”.

Limites

O projeto estabelece que a prorrogação do prazo só valerá para obras:

  • Com processo licitatório em andamento;
  • Com convênios passíveis de suspensão e retomada até o cumprimento de exigências legais.

Além disso, o texto proíbe o pagamento de serviços investigados pelo Tribunal de Contas da União (TCU). Caso o TCU encontre indícios de irregularidades, o pagamento dos valores reativados será suspenso.

Recursos

Os R$ 4,6 bilhões resgatados correspondem a emendas parlamentares não impositivas, ou seja, recursos que o governo não era obrigado a pagar. Essas emendas estavam empenhadas, mas não liquidadas.

Autor

  • Jornalista formado pela Universidade Católica de Brasília (UCB). Com experiência em Política, Economia, Meio Ambiente, Tecnologia e Cultura, tem passagens pelas áreas de reportagem, redação, produção e direção audiovisual.

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