A Bancada Feminina do Senado foi criada em 2021 e conta com estrutura e prerrogativas de lideranças partidárias ou blocos parlamentares, podendo participar do Colégio de Líderes, orientar votações e ter preferência no uso da palavra.
Apenas em 2025 a bancada ganhou um espaço físico, que foi inaugurado nesta quarta-feira (9): o gabinete da liderança da Bancada Feminina. O novo espaço, que fica na Ala Senador Dinarte Mariz, garante às senadoras uma estrutura semelhante à das lideranças partidárias, facilitando a realização de reuniões e atividades necessárias ao funcionamento da bancada.
Luta por igualdade
A liderança conta com 16 senadoras, entre elas Teresa Leitão (PT-PE) e Soraya Thronicke (Podemos-MS), que atuam como vice-líderes do grupo. A líder da Bancada Feminina no Senado, Leila Barros (PDT-DF), declarou que o gabinete, mais que um espaço físico, representa um espaço político e institucional. Ela enfatizou que houve uma longa trajetória de luta até o reconhecimento da bancada e a inauguração desse espaço.
“Este gabinete é um instrumento de trabalho, de luta e de construção coletiva. Temos agora o nosso cantinho. Mas não podemos parar; o caminho é longo e o desafio é constante. Precisamos seguir lutando”, disse Leila.
A senadora Zenaide Maia (PSD-RN), que está à frente da Procuradoria Especial da Mulher do Senado, declarou que o reconhecimento da bancada foi um “ganho maravilhoso” para a luta pelos direitos femininos. E lembrou que, hoje, as mulheres são responsáveis por quase 20% das cadeiras no Senado.
Apoio institucional
O novo gabinete foi proposto pelo ex-presidente do Senado Rodrigo Pacheco e concretizado pelo atual presidente da Casa, Davi Alcolumbre. Segundo ele, o trabalho das parlamentares engrandece a política, e reiterou que “há no Brasil um preconceito gigantesco em relação à participação feminina na política”.
Leila Barros agradeceu a Davi Alcolumbre e Rodrigo Pacheco pelo compromisso assumido com as senadoras e com a pauta das mulheres. Ela ressaltou que a conquista representada pela inauguração do gabinete só foi possível “porque não caminhamos sozinhas”.
Ela também homenageou a atuação da ex-senadora Simone Tebet (MS), que foi a primeira líder da Bancada Feminina no Senado e hoje é ministra do Planejamento e Orçamento.