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STF retoma julgamento sobre benefícios fiscais para agrotóxicos

Os ministros analisam duas ações protocoladas pelo PV e pelo PSOL

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Nesta quinta-feira (16), o Supremo Tribunal Federal (STF) retomou o julgamento sobre a constitucionalidade da concessão de benefícios fiscais para agrotóxicos. Os ministros analisam duas ações protocoladas pelo PV e pelo PSOL.

Além disso, os partidos questionaram a validade do Convênio nº 100 de 1997, do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), bem como da Emenda Constitucional (EC) 132 de 2023.

A sessão desta quinta-feira foi dedicada exclusivamente às manifestações das partes envolvidas. Os ministros do STF devem iniciar a votação na próxima quarta-feira (22).

As normas estabeleceram um regime tributário diferenciado para os defensivos agrícolas. Como resultado, houve uma redução de 60% nas alíquotas do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) incidentes sobre esses produtos.

Benefícios fiscais favorece grandes produtores

O advogado Lauro Rodrigues, que representa o PV, afirmou durante a sessão que o Brasil permite o uso de 30% dos agrotóxicos que a União Europeia proíbe, por causa de sua alta toxicidade e periculosidade.

Além disso, ele ressaltou que os benefícios fiscais favorecem principalmente os grandes produtores agrícolas, e não os agricultores familiares, que, segundo ele, respondem por cerca de 70% da produção de alimentos no país.

Por fim, Rodrigues argumentou que a subvenção atual beneficia um grupo pequeno em número, mas com produção em larga escala.

“A subvenção é direcionada a um grupo numericamente pequeno, mas que produz em larga escala. Para desfazer a tese de que, se deixarmos de subvencionar os agrotóxicos, o Brasil vai quebrar”, declarou.

Agrotóxicos são essenciais, diz CNA

O advogado Rodrigo Kaufmann, que representa a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), afirmou que a revogação dos benefícios fiscais concedidos aos agrotóxicos pode gerar um aumento de R$ 16 bilhões no custo dos alimentos e reduzir em 50% a produção agrícola nacional.

Segundo ele, os defensivos agrícolas não são itens de luxo, mas sim insumos essenciais e prioritários para a produção no campo.

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  • Curso Jornalismo no Centro Universitário IESB e tenho como objetivo ampliar meus conhecimentos e contribuir com o propósito da Arko. *Estagiária sob a supervisão da reportagem*

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