Com o anúncio da tarifa adicional de 50% aplicada pelos Estados Unidos a produtos brasileiros, incluindo a carne bovina, o Executivo brasileiro trabalha com um plano de contingência que está sendo anunciado hoje (13) pelo presidente Lula (PT).
Paralelamente, no Legislativo, cresce a preocupação com os impactos econômicos da medida, especialmente para estados como Mato Grosso do Sul, cujo setor pecuário é um dos pilares econômicos locais e responde por 14,4% das exportações do estado até julho de 2025.
Carne bovina
O senador Nelsinho Trad (PSD-MS), presidente da Comissão de Relações Exteriores (CRE) do Senado, destacou que a tarifa ameaça frigoríficos, pecuaristas e prefeituras, com efeitos diretos sobre empregos e arrecadação municipal.
“Embora a sobretaxa sobre a carne ainda esteja vigente, o canal de diálogo permanece aberto e estamos trabalhando para reverter essa situação”, destacou o senador que ainda afirmou que as autoridades norte-americanas também sinalizaram à comissão do Senado a possibilidade de rever tarifas sobre pescado e café, embora não tenham se posicionado especificamente sobre a carne bovina.
Plano de contingência
A proposta apresentada hoje pelo Executivo inclui concessão de crédito para as empresas mais impactadas e medidas de fortalecimento para os setores afetados, priorizando que nenhuma empresa fique desassistida.
O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB), reforçou que o governo busca resolver a questão por meio do diálogo e não pretende retaliar os Estados Unidos. Alckmin também destacou a preocupação com setores como carne, café e indústria de máquinas e motores, que enfrentam riscos devido à sobretaxa.