A partir desta sexta-feira (1º), entra em vigor a nova mistura obrigatória de 15% de biodiesel no diesel comercializado no país, a chamada B15, aprovada pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE). Com isso, a elevação do percentual de biodiesel de 14% para 15% deve impulsionar a cadeia de soja e do setor de proteínas. Além disso, a medida busca, reduzir a dependência do Brasil em relação as importações e estimular a produção nacional.
A ampliação da mistura de biodiesel de B14 para B15 deve impactar diretamente o processamento de soja no Brasil. Com previsão de um novo recorde no esmagamento em 2025, a projeção é que o volume atinja 57,8 milhões de toneladas, alta de 3,56% em comparação com 2024, impulsionada, sobretudo, pela maior demanda interna por farelo e óleo
A demanda por óleo de soja, principal insumo do biodiesel, deve crescer e com isso, estimular um aumento na oferta, o que tende a pressionar os preços para baixo. Após meses de estabilidade em torno de R$ 7,20 por litro, a expectativa é que os produtos ampliem a produção em 2,35%.
Efeitos da mistura obrigatória
De modo geral, os efeitos da nova mistura obrigatória se espalham por toda cadeia do agronegócio, com projeção na alta de 3,59% nos empregos do setor, impulsionada pela maior atividade industrial e agrícola.
No mercado externo, por sua vez, a substituição do diesel fóssil por biodiesel pode reduzir em até 300 milhões de litros as importações já em 2025. Essa diminuição representa uma economia de aproximadamente US$ 150 milhões, considerando o valor médio de US$ 500 por metro cúbico.